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Edifício de Távora para a Assembleia de Guimarães atinge os 50 anos

Redação
Cultura \ segunda-feira, dezembro 12, 2022
© Direitos reservados
Concebido pelo arquiteto que mais tarde orientou a requalificação do centro histórico, o edifício insere-se na urbanização planeada que fez a cidade crescer rumo ao que é hoje o Parque da Cidade.

O edifício que é sede da Assembleia de Guimarães foi erguido com o intuito de estar “bem enquadrado na situação urbanística e paisagística” e de “possuir um interior dotado de grande mobilidade de utilização”, escreveu Fernando Távora na memória descritiva de um edifício inaugurado a 14 de dezembro de 1972. A associação comemora os 50 anos daquela casa não na quarta-feira, mas na sexta, 16 de dezembro, com “uma pequena cerimónia evocativa”, que promete lembrar várias imagens desse dia perante sócios e amigos.

“É uma iniciativa simples, mas que queremos significativa na passagem de uma data tão importante para a instituição como a inauguração do seu edifício”, lê-se na nota da associação presidida por Rui Vítor Costa.

A associação realça que a data é “motivo mais do que suficiente” para se comemorar a “vitalidade de um edifício exemplar”, projetado pelo vulto da designada Escola do Porto, que, mais tarde, esteve associado à restauração e adaptação do Convento de Santa Marinha da Costa a pousada e ao Plano Geral de Urbanização de Guimarães, iniciado em 1982.

“O arquiteto Fernando Távora dá ao edifício da Assembleia de Guimarães um cunho muito próprio pela elegância do seu desenho, pela modernidade da sua arquitetura que convive de forma serena com o terreno em que se implanta e se abre, pelo interior, à montanha da Penha”, realça a nota acerca de um edifício pensado para convívio e fruição dos sócios, mas também para eventos culturais e artes performativas.

Criado na zona oriental da cidade, na vizinhança do que é hoje o Parque da Cidade, o edifício da Assembleia de Guimarães enquadra-se na urbanização planeada para aquela área desde 1925, tendo sido delineado e executado entre 1969 e 1972, com Fernando Távora a frequentar a sede anterior para “estudar os hábitos e as necessidades dos sócios”, em parceria com os arquitetos Joaquim Sampaio e Bernardo Ferrão. A construção esteve a cargo da CARI, empresa de Eduardo Ribeiro, engenheiro civil vimaranense envolvido nas ações de oposição ao Estado Novo, por via do grupo que se designou os Democratas de Braga.

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