Em 2022, Guimarães fez-se de “coisas positivas” ou “ficou para trás”?
Finda um ano e PS e PSD divergem totalmente no balanço da gestão do município. Se o os sociais democratas pedem “um murro na mesa” para colocar Guimarães “onde já esteve noutros tempos”, a maioria socialista vê 2022 com “muitas coisas positivas”.
Na última reunião de câmara de 2022, o vereador do PSD, Bruno Fernandes, argumentou que a guerra na Ucrânia e a pandemia “não são desculpa para tudo” e apontou o dedo à gestão socialista para dizer que Guimarães “continua a ficar para trás”. Sintomático desse atraso é a falta de habitação e na oferta de creches, sustentou o líder da oposição.
“Incitamos o presidente da Câmara Municipal a dar um murro na mesa, a pôr ordem nos vereadores, a pôr ordem nas cooperativas, e a definir uma estratégia que coloque Guimarães onde já esteve noutros tempos. Há municípios vizinhos com uma dinâmica extraordinária, o nosso está em gestão corrente”, referiu o candidato da coligação Juntos por Guimarães às últimas autárquicas.
A visão de Domingos Bragança é totalmente oposta. Para o autarca, o ano marcado por uma guerra [na Ucrânia] que “condiciona tudo” trouxe “muitas coisas positivas” para o concelho. O autarca acenou com a reabertura do Teatro Jordão, a chegada do curso de Engenharia Aeroespacial a Guimarães, a nova concessão de transportes, mas também com obras em curso como a requalificação da rua Padre António Caldas ou as centralidades de Taipas e Serzedelo.
Solidificou-se também, nas palavras do socialista, a imagem de Guimarães como concelho “tranquilo e pacífico”. “Temos estatísticas que colocam o concelho no topo quanto à segurança e tranquilidade das pessoas”, frisou. Para o devir, há a expetativa de haver passos em frente na ligação a Braga por canal dedicado e avanços na via do Avepark.
Já o PSD vê no Orçamento de 145 milhões uma oportunidade par o município “assumir a gestão da casa” e ajudar os vimaranenses a “ultrapassar dificuldades”.