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“Em Guimarães ninguém fica para trás”: Estórias da madeira é exemplo disso

Bruno José Ferreira
Cultura \ terça-feira, maio 24, 2022
© Direitos reservados
Através da recuperação de mobiliário antigo pretende-se capacitar cuidadores informais, através do projeto 'Estórias da Madeira'. Ideia é "valorizar as pessoas" num trabalho em rede.

“Transformar” pessoas é o grande objetivo do projeto ‘Estórias da madeira’, apresentado esta segunda-feira pela Câmara Municipal de Guimarães em articulação com o Palavras Infinitas – Núcleo de Inclusão, Comunicação e Media e pela Because I Care – Associação para Apoiar e Cuidar de Pessoas que cuidam.

Este projeto, “desenvolvido em rede”, como frisou Paula Oliveira, vereadora com o pelouro da ação social, trata-se de uma oficina de criatividade destinada a cuidadores informais, tendo como foco a sua capacitação e integração social, sempre com a preocupação com a saúde mental em pano de fundo.

Sofia Pires é a coordenadora do projeto e, no Instituto de Design, onde a iniciativa foi apresentada, lançou o repto para “pegarmos nos móveis que não estão na arrecadação, ou na garagem, para fazer a transformação”. A ideia é mesmo essa, recuperar peças de mobiliário dando-lhes uma nova vida.

“Entre um objeto e outro queremos contar a história do antes, do durante e do depois, porque no fundo são as histórias das pessoas”, deu conta Sofia Pires, explicando que o projeto a desenvolver pretende “chamar os cuidadores e toda a comunidade para participar”. Tudo o que for recuperado é para doar a famílias em situação de vulnerabilidade.

Helena Coelha, psicóloga do projeto, sustentou que esta iniciativa visa “potencializar a motivação pessoal” dos cuidadores, e não só, através de oficinas de reciclagem, bricolage e decoração. “A saúde mental tem um impacto físico nas pessoas, e, por isso, queremos ajudar nestas e noutras componentes”, disse.

Domingos Bragança, elogiou o projeto, dizendo que “às vezes não sabemos como ajudar as pessoas que cuidam e são projetos como estes que ajudam”, disse, motivo pelo qual o município investe nesta iniciativa. “Esta loja social de mobiliário é uma resposta de trabalho em rede e de responsabilidade social”, atirou.

Daí Paula Oliveira que “em Guimarães ninguém fica para trás”, reforçando o investimento do município na capacitação das pessoas, neste caso dos cuidadores informais.

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