Entre dois objetivos a alcançar, regressar aos triunfos num “jogo especial”
Aproxima‐se a 130.ª edição do Dérbi do Minho a contar para o principal campeonato português. Sempre especial, o próximo embate entre Vitória e Braga, marcado para as 20h30 de sábado, no Estádio D. Afonso Henriques, é também decisivo. Se os bracarenses, quartos classificados, com 65 pontos, ainda sonham com o terceiro lugar, ocupado pelo FC Porto, com 66, os vitorianos ainda sonham roubar o lugar ao eterno rival, tendo pela frente um itinerário muito restrito para o fazer: vencer os dois jogos que restam e esperar que os arsenalistas não vençam na última jornada, precisamente na receção aos dragões. O treinador vitoriano, Álvaro Pacheco, ainda acredita na concretização dos dois objetivos no horizonte.
”Temos dois objetivos para conseguir: superar a fasquia do 62 pontos e chegar ao quarto lugar. Temos de ganhar os dois jogos que faltam se queremos atingir os nossos objetivos. Este é um grupo de campeões. Os jogadores foram capazes de ir crescendo. Tiveram mérito, ao longo da época. Temos de continuar focados no nosso jogo, na nossa solidariedade, na nossa ambição, para fazermos a entrada que pretendemos”, disse, na antevisão ao duelo da 33.ª jornada da Liga Portugal Betclic, o último da prova no anfiteatro vitoriano.
O timoneiro diz‐se, contudo, focado no próximo encontro e nos desafios que ele acarreta. Pela frente, estará um adversário com o terceiro melhor ataque do campeonato (68 golos marcado), munido de diversas opções que lhe garantem variabilidade. “Vamos encontrar um adversário com mais‐valias. Fora de casa, só perdeu com o Porto, Benfica, Sporting e Farense. Tem jogadores com muita qualidade. Se jogar com o Abel [Ruiz], vai ser uma equipa completamente diferente do que se for o Banza. Jogando o Ricardo [Horta] e o Bruma por fora, gostam muito de acelerar. É uma equipa com jogadores que são mais‐valia”, realçou.
Convencido de que o Vitória vai manter a solidez exibida em muitos dos jogos anteriores, pese a ausência do médio Tomás Händel, segundo jogador mais utilizado no campeonato, com 2.444 minutos, Álvaro Pacheco enalteceu ainda “o caráter, a mentalidade e a coesão” do grupo que treina, imune ao longo de toda a época “a especulações” relativamente a saídas ou modificações no plantel.
“Vejo o grupo com uma ambição muito grande. Quem viu o grupo ao longo do campeonato viu um grupo orgulhoso do que conquistou, mas sempre focado no que pode conquistar. O grupo já começou há 11 meses a trabalhar, mas nunca se desfocou. Tenho um orgulho muito grande em treiná‐lo”, disse.