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Entre regressos e experimentação, o que resta do Guimarães Jazz

Redação
Cultura \ quinta-feira, novembro 13, 2025
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Quase 20 anos depois, o pianista Danilo Pérez volta à cidade-berço para encerrar a 34.ª edição com a Bohüslan Big Band, numa segunda semana que combina várias abordagens ao jazz.

Com a lotação praticamente esgotada de antemão, o panamenho Danilo Pérez vai subir ao palco do Grande Auditório Francisca Abreu do Centro Cultural Vila Flor (CCVF) no sábado à noite, com a sueca Bohüslan Big Band, para encerrar a 34.ª edição de Guimarães Jazz. Essa parelha de nomes consagrados vai apresentar “Lumen”, álbum lançado em 2024, num espetáculo que marca o regresso do pianista à cidade-berço, onde já atuou em 2003, com o seu trio, e, em 2006, como membro do Footprints Quartet de Wayne Shorter, formação que, nesse ano, venceu um Grammy para melhor álbum de jazz instrumental.

O concerto do músico que tocou na United Nations Orchestra, de Dizzy Gillespie, um dos mais reconhecidos trompetistas da história do jazz, marca a segunda semana do festival, uma deambulação entre experiência e novidade, ortodoxia e experimentação. A retoma dá-se nesta quinta-feira, com outro regresso, o do saxofonista Mark Turner. O quinteto do músico norte-americano apresenta o seu mais recente trabalho, “Autography of An Ex-Colored Man”, no qual se exploram os temas da raça, classe e identidade cultural nos Estados Unidos, a partir das 21h30, diante de um Grande Auditório do CCVF bem composto – restam pouco mais de 100 lugares disponíveis numa lotação de 796.

Na sexta-feira à noite, o pianista Craig Taborn também regressa a Guimarães, mas na companhia de duas caras novas do festival: a violoncelista Tomeka Reid e o baterista Ches Smith. O concerto sugere experimentação, até pela subversão da instrumentação base do jazz: o trio piano-contrabaixo-bateria dá lugar ao trio piano-violoncelo-bateria, num concerto em que se espera improviso, ritmos desconcertantes e cruzamento de várias expressões musicais.

Antes de Danilo Pérez e da Bohüslan Big Band, o sábado presenteia ainda o público do Guimarães Jazz com o espetáculo do projeto Sonoscopia, às 16h00, no Pequeno Auditório do CCVF, e com o quinteto de Alex Hitchcock, o músico residente deste Guimarães Jazz. Nome em emergência no panorama jazzístico, o britânico coordenou as oficiinas de jazz e é o protagonista das jam sessions que decorrem após os concertos. Na segunda semana do festival, esse espaço para o jazz se expressar sem amarras é o Café-Concerto Vila Flor.

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