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Está aí um fim de semana para ouvir e sentir de olhos bem fechados

Redação
Cultura \ sexta-feira, setembro 02, 2022
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Há música Suave no Largo da Misericórdia, experimentação no CAAA e ritmos da cultura africana no Largo Condessa do Juncal. A ConTextile está de volta e há história da produção têxtil em expsoição.

O fim de semana cultural em Guimarães começa suavemente no Convívio, em pleno Largo da Misericórdia, com algum do melhor pop-rock feito em Portugal, mas a alguns ramais de distância, no CAAA, os ritmos são outros: feedbacks, sobreposição de harmonias estão no cerne do projeto Deep South, que aproxima Portugal e Alemanha.

E se o pop ou a experimentação não forem os melhores cardápios, há ainda, para ouvidos a precisar de algo diferente, a mostra da IV residência artística de 2022 da Orquestra de Guimarães em conjunto com o pianista António Rosado, que celebra no Centro Cultural Vila Flor as obras de dois virtuosos pianistas compositores: Franz Liszt e Sergei Rachmaninoff. 

Sábado, a poucos metros do Suave Fest, no Largo Condessa do Juncal, a Comunidade Angolana de Guimarães organiza o encontro regional "África Minha" durante todo o dia. Logo de manhã, pelas 10h30, começam os workshops de dança. Durante o dia haverá palestras, exposições e sessões de poesia. Pelas 22h00 Tlove Angola e Oraca Guiné Bissau sobem a palco.

Um guia para o que fazer:

Suave Fest (sexta-feira e sábado) - a partir das 21h30 - Largo da Misericórdia

A Associação Convívio realiza a 8ª. edição do Suave Fest, em 2022, nos dias 2 e 3 de setembro, consagrando-se como um dos festivais de música independente mais relevantes no Norte de Portugal. O alinhamento do Suave Fest 2022 é composto por 10 000 Russos, Gala Drop, Mister Roland (sexta-feira), e OCENPSIEA, Paraguaii e Sensible Soccers (sábado). 
Deep South (sexta-feira) - 21h30 - CAAA

O projeto musical e performático entre os músicos e artistas visuais Jorge Quintela e Davide Luciani. A sua música explora os campos da eletrónica bruta, bem como a composição eletroacústica harmônica e textural. O seu som pode ser descrito como uma onda de vozes interpoladas, na qual o time stretching, feedbacks, sobreposição de harmonias e uma formulação rítmica assimétrica criam uma densa experiência sonora. A sua performance musical é informada por polirritmias, quietude, caos onde gêneros e suportes se misturam e sua origem se perde. Com sede entre Berlim (DE) e Porto (PT) formaram-se em 2020. 

África Minha (sábado) - todo o dia - Largo Condessa do Juncal

O encontro regional promove gastronomia, artesanato, literatura africana, mas também música e dança. Há até uma visita guiada pelo centro histórico conduzida pelo professor Fernando Capela Miguel a partir das 14h00.

 

De olhos bem abertos

Nem só de música e animação se fazem as próximas 72 horas. A sexta edição da ConTextile, bienal de arte têxtil contemporânea, inaugura este sábado e  prolonga-se até 30 de outubro, num programa que abarca a exposição internacional no Palácio Vila Flor, com 58 obras de 34 artistas, que retrata a história da arte têxtil em Portugal, no Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) e que tem a Noruega como país convidado, em obras espalhadas pela cidade, além das habituais residências artísticas.

Por falar em produção têxtil... no CAAA a artista Carla Rebelo explora o passado e o presente da transformação de fibras. Tendo como referência os conceitos de Memória e Tempoa artista fez um trabalho de campo em Guimarães de forma a pesquisar o Lugar e a(s) sua(s) história(s). Nesta primeira fase de residência artística, visitou algumas fábricas na zona industrial Têxtil, a Casa da Memória, Citânia de Briteiros, centros de recursos e bibliotecas locais. Nesta pesquisa houve recolha fotográfica, gráfica, escrita, de sons e também de materiais a usar posteriormente nas várias peças a construir. A exposição inaugura este sábado e está patente até ao final de outubro.

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