Está aí o 3.º Sonus Art Fest: Aqui há palco para “artistas emergentes”
Está aí a terceira edição do Sonus Art Fest, o festival entrelaça artes plásticas e música alternativa de forma a potenciar artistas emergentes. Com epicentro no Teatro Jordão, nas salas de ensaio, e mesmo ali ao lado no jardim da Fraterna, “repete-se a receita que funcionou muito bem” no que diz respeito ao conceito.
Um espaço vocacionado para as artes gráficas à tarde, com acesso gratuito a show cases, exposições e outras iniciativas, e a vertente musical à noite no Jordão. “Este ano temos a presença de três artistas internacionais, com duas estreias a nível nacional: Blue Bendy com o seu álbum de estreia e Children of Pope”, introduz João Lemos, um dos elementos da organização juntamente com Pedro Carvalho e Filipe Carvalho.
Como cabeça de cartaz o festival tem "Maruja, uma das bandas mais na berra na vertente underground inglesa – oriundos de Manchester –" e ainda Máquina, “uma banda da casa, portuguesa, que vai por o público a dançar complementam”.
"Acreditamos que este ano vamos ter um público mais diversificado"
Foi da ousadia destes três jovens, para assinalar o terceiro aniversário da revista Sound, que nasceu o festival, e os passos têm sido seguros. A ambição deste ano passa por atrair mais público. “Na parte da tarde é um pouco difícil ter uma previsão, porque é gratuito e em espaço aberto. Para a noite perspetivamos uma boa casa”, retrata Pedro Carvalho. João Lemos complementa que já “quase foi atingida a venda do número de bilhetes do ano passado”, dando conta da “expetativa elevada”.
O público britânico estará mais representado este ano, crê Filipe Carvalho, dando assim mais expressão para lá do público habitual: “O ano passado tivemos, obviamente, pessoal de Guimarães, mas também do Porto. Depende sempre das bandas. Acreditamos que este ano vamos ter um público mais diversificado, com mais gente de Inglaterra, já podemos afirmar isso”.
Com apoio financeiro do município, o que acontece pela primeira vez, “há mais meios para fazer um cartaz melhor” e também para “apostar nas infraestruturas”, sendo ideia, aponta Pedro, “ter um espaço próximo, com mais condições e até, se possível, com food trucks” junto ao local do Sonus Art Fest.
Foco na arte e na cultura, para lá da vertente comercial
Sem entrar na vertente puramente comercial, mas com o foco na arte e na cultura, o trio quer fazer crescer o festival e dessa forma agarrar-se a um nicho que está ainda muito concentrado no Porto e em Lisboa. “Sempre quisemos dar palco a artistas emergentes, da parte da tarde, e estreias internacionais à noite. Este tipo de concertos centra-se mais em Lisboa e no Porto, mas temos tido oportunidade de dar também a oportunidade a malta de cá, de Guimarães, e de Braga, desta região”, remata João.
O concerto do ano passado, dos DEADLETTER serve um pouco como inspiração. “As pessoas não conheciam e gostaram, agora estão num nível superior, que não tinham quando vieram cá, e recentemente estiveram no Porto”, contam, confiando no propósito de afirmação do Sonus Art Fest.
A edição deste ano está, então, agendada para 05 de outubro – sábado – no Jardim da Fraterna com acesso gratuito da parte da tarde (entre as 16 horas e as 20 horas) e à noite no Jordão – salas de ensaios – (entre as 21h30 e as 02h00).