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Muralha evoca as pontes de Guimarães nas Gualterianas de 2023

Redação
Cultura \ segunda-feira, julho 24, 2023
© Direitos reservados
Associação de defesa do património inaugura exposição “Regresso às pontes de Guimarães” na quinta-feira, na Escola Secundária Francisco de Holanda, revisitando trabalho de Fernando Conceição em 2010.

As várias pontes que unem o concelho de Guimarães são as protagonistas da exposição que A Muralha propõe para as Gualterianas de 2023; a inauguração de “Regresso às pontes de Guimarães” está marcada para as 18h00 de quinta-feira, na Escola Secundária Francisco de Holanda (ESFH).

Apoiada pela cooperativa municipal A Oficina e pelo Agrupamento de Escolas Francisco de Holanda, a mostra tenciona, até 15 de setembro, constituir-se “um alerta”, mas “igualmente um desafio” para que os munícipes conheçam as ligações sobre os rios Ave, Vizela, Selho ou outros afluentes que a eles vão dar. “Visitemos as pontes de Guimarães, para conhecer a natureza que as envolve e enobrece, saindo assim de um centro que diariamente nos convoca, para a beleza policêntrica do concelho Guimarães, para a história da comunidade a que pertencemos, num todo”, lê-se no comunicado da associação de defesa do património.

O trabalho patente na ESFH revisita a exposição “Sobre Pontes”, conduzida em 2010 por Fernando Conceição, o centenário professor e dirigente associativo de Guimarães, apresentando várias estruturas a partir das fotografias de Miguel Oliveira: “Umas mais nobres, outras mais simples, umas cuja origem remonta ao tempo da ocupação romana, outras medievais, outras do fontismo, e outras com origem imprecisa, mas todas elas com um importante significado de unir populações, de permitir a circulação de pessoas, de mercadorias, de animais”, enumera a associação A Muralha.

Além da “singeleza e da beleza” de muitas das pontes, as imagens retratam igualmente “a degradação a que vão estando sujeitas, as cicatrizes da falta de cuidado relativamente às origens e importância das pontes, os tubos que ignobilmente a elas se colam, descaracterizando-as, a falta de cuidado a que vão estando sujeitas, como se a sua história pudesse ser descartável por imposições de um utilitarismo que as violenta, quando, pelo contrário, as deveria enobrecer”, lê-se ainda no comunicado.

Criada em 1982, a Muralha lembra que uma das suas missões é de “mostrar publicamente” o território “mais esquecido”. “Todo o reconhecimento da importância histórica e patrimonial de Guimarães tende, por uma questão de esquecimento, e quantas vezes de incúria, a esquecer que Guimarães é um todo, de Castelões a Lordelo, de Longos a Serzedo, e que o património que nos legaram não está só na cidade, mas se encontra presente em todo o concelho, exigindo, de todos, a atenção que devotámos – e bem – à cidade”, vinca a associação.

 

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