Andebol: à espera do seu “melhor”, Vitória vai ao Luso para ser campeão
Os jogadores e equipa técnica alinham as malas junto ao autocarro que os vai conduzir até ao Luso, numa viagem de cerca de duas horas; é na vila termal do concelho da Mealhada que se vai decidir o futuro campeão da 2.ª Divisão Nacional de andebol, entre 26 de maio e 04 de junho, em dois fins de semana de competição. Vencedor da Zona 1, correspondente ao Norte de Portugal, o Vitória SC disputa o título nacional e a consequente subida direta ao escalão principal com o Boa Hora, vitorioso na Zona 3, e com o D. Fuas da Nazaré, vencedor da Zona 2.
O objetivo, expresso em uníssono pela equipa técnica e pelos jogadores do plantel, é só um: o de conduzir o Vitória ao título. A transformação desse sonho em realidade exige, porém, ultrapassar as “imensas dificuldades” que se esperam dentro da quadra.
“Encarámos a época com dois objetivos: o primeiro era claramente chegar à fase final e o segundo era subirmos de divisão e sermos campeões nacionais. Depois de atingirmos o primeiro objetivo, queremos chegar ao segundo, sabendo que vamos ter imensas dificuldades dentro de campo”, adiantou ao Jornal de Guimarães o treinador do Vitória SC, Luís Pereira.
Após um percurso com 22 triunfos, dois empates e duas derrotas na primeira fase, os homens de Guimarães estreiam-se na fase decisiva perante o Boa Hora, a partir das 21h00 desta sexta-feira, uma equipa que, em 2021/22, competiu na 1.ª Divisão e que é formada por “jovens promessas”, com “um modelo de jogo bem definido”, salienta o técnico. No sábado, à mesma hora, enfrentam-se Vitória e D. Fuas, adversário com “um plantel mais robusto e condições antropométricas que se destacam”.
“Ambos os jogos serão muito difíceis, com adversários que nos vão colocar à prova. Temos de estar no nosso melhor em todos os níveis para sair de lá de vencida. São dois adversários distintos que tiveram um trajeto muito parecido com o nosso na primeira fase. Também tiveram muito poucas derrotas”, frisa Luís Pereira, a propósito de oponentes que o Vitória defronta novamente a 02 de junho – Boa Hora – e a 03 de junho – D. Fuas da Nazaré.
Treinador da equipa preta e branca desde o regresso da modalidade ao Vitória, na época 2020/21, Luís Pereira enaltece ainda o trabalho do plantel ao longo da temporada e o “sentimento” que vigora no seio do grupo. “O nosso modelo de jogo vai sendo sempre delapidado, com os processos a serem mais bem entendidos. O grupo começa a crescer e a ganhar um sentimento mais forte. São estes fatores que determinam uma grande equipa. Conseguimos compreender muito bem o que fazemos dentro de campo”, assinala.
“Estamos maduros o suficiente para atacar o objetivo”
Ciente de que o Vitória terá pela frente “jogos equilibrados”, “contra duas equipas muito capazes, que praticam bom andebol e têm qualidade”, um dos capitães vitorianos, Emanuel Ribeiro, promete um conjunto a “deixar em campo o que tem e o que não tem”, refletindo o espírito de entreajuda que impera nas hostes vimaranenses.
“A nossa entreajuda e o nosso grupo são muito fortes. Não crescemos muito, porque somos muito fortes desde o início da época. Taticamente temos crescido. Recebemos jogadores novos no início da época e evoluímos. Sinto que estamos maduros o suficiente para atacar este objetivo que se avizinha, o de sermos campeões nacionais (…). Nas finais, quem quer mais é quem costuma levar de vencida as eliminatórias”, diz o guarda-redes de 28 anos ao Jornal de Guimarães.