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Feita a cedência, Bragança quer vimaranenses ligados aos projetos do Jordão

Tiago Mendes Dias
Cultura \ terça-feira, junho 07, 2022
© Direitos reservados
Presidente da Câmara sugeriu envolvimento da população e mecenato para os projetos criativos que vão surgir nos espaços cedidos à Universidade do Minho e à Sociedade Musical até 2046.

Assinado o contrato de comodato que cede o Teatro Jordão e a Garagem Avenida à Universidade do Minho (UMinho) e à Sociedade Musical de Guimarães (SMG) até 2046, o presidente da Câmara Municipal de Guimarães apelou à criação de “novos projetos” e de “novas parcerias” que convirjam para uma “visão de futuro”, assente na busca do conhecimento através da investigação científica e na crescente “sensibilidade” cultural, que exponha cada vez mais os cidadãos ao “belo”, através “da arte, da literatura, da música, do teatro”.

“Queremos que a dimensão cultural e a dimensão da ciência sejam cada vez mais fortes, em novos projetos, com novas parcerias com empresas, instituições e cidadãos. Queremos a apropriação por parte dos vimaranenses deste conceito de cidade universitária e de cultura”, referiu Domingos Bragança, à margem da formalização da entrega do espaço.

Essas parcerias passam pelo envolvimento dos vimaranenses, sendo o mecenato uma das alternativas sugeridas para ampliar a expressão dos projetos que ali vão nascer. “Os vimaranenses podem dar outra força e ainda maior entusiasmo a tudo o que a Sociedade Musical e a Universidade do Minho façam, para que projetos surjam, mecenato surja”, prosseguiu.

Para o autarca, a cultura e a ciência são aliados no sentido de se “exercer a cidadania de forma mais completa”. “É preciso, degrau a degrau, subir a escada da cultura, da ciência, e da compaixão para chegarmos à paz e à concórdia. Tudo o que não for isso é egoísmo e mesquinhez”, concluiu.

 

 

“Relação absolutamente única entre uma universidade e uma autarquia”

Dispor do Teatro Jordão e da Garagem Avenida para as licenciaturas em teatro e em artes visuais é, para o reitor da Minho, um testemunho da sua “importância” numa cidade que se quer afirmar cada vez mais “universitária”. Rui Vieira de Castro realça que os projetos para tornar Guimarães “um polo de excelência nas artes” sempre “foram acarinhados pela universidade e pelo município”, espelho da proximidade entre as instituições.

“Temos uma relação absolutamente única entre uma universidade e uma autarquia no contexto nacional. Mesmo no contexto internacional, não haverá muitas situações idênticas. Isto compromete-nos no desenvolvimento da região e do país”, frisou o responsável.

“É um esforço a continuar no futuro próximo. Vivemos tempos difíceis, de grande incerteza e indefinição. Precisamos de relações sólidas e estáveis que nos dão ânimo para o caminho a percorrer”

 

“Construir uma sociedade mais tolerável”

A cedência do Teatro Jordão e da Garagem Avenida para a aprendizagem das artes é um passo para a “Guimarães cosmopolita” que se deseja para as gerações de hoje e “para os vindouros”, realçou o presidente da SMG, Vítor Matos.

Convencido de que a instituição fundada em 1903 vai alargar o leque de projetos, desde “a criação à investigação musicológica”, o maestro expressou “profunda gratidão” para com a Câmara, num tempo em que a “sociedade é cada vez mais frenética” e a fronteira entre cultura e entretenimento se esbate. “Oxalá Guimarães se mantenha firme numa cultura de vanguarda”, observou Vítor Matos, mostrando-se ciente dos desafios que advêm de conjugar o “equilíbrio e a sustentabilidade” com os “custos operacionais” decorrentes da gestão.

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