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Guimarães
09 novembro 2025
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Ferros foram o escudo de um Vitória que sorriu com Camara

Tiago Mendes Dias
Desporto \ sábado, novembro 08, 2025
© Direitos reservados
Penálti certeiro do jovem francês valeu êxito tardio em Tondela, num jogo com escassa produção ofensiva do Vitória SC, patente numa só ocasião de Arcanjo. Beirões acertaram por três vezes nos ferros.

Gratidão é um atributo que talvez espelhe bem as sensações dos jogadores e equipa técnica do Vitória SC assim que o árbitro André Narciso apitou para o final da partida em Tondela: gratidão pela pontaria beirã em três remates que esbarraram nos ferros, pela ousadia de Saviolo no lance em que foi derrubado por Tiago Manso, já no interior da área, e pela calma de Oumar Camara em converter o penálti que valeu o regresso aos êxitos, após desaires com Famalicão (2-0) e Benfica (3-0).

A vitória pela margem mínima no Estádio João Cardoso, em desafio da 11.ª jornada da Liga Portugal Betclic, foi o travo mais doce de um jogo que teve quase sempre um paladar insosso. O ritmo foi baixo, a bola esteve quase sempre longe das balizas, os erros com bola multiplicaram-se. Atrasado na pressão e em algumas transições defensivas, o Vitória sofreu um pouco mais na primeira parte.

Os primeiros 45 minutos foram monótonos, desenrolando-se segundo a tendência para a equipa da casa ditar os ritmos e as variações posicionais. A névoa de letargia desfez-se em apenas dois momentos: em ambos, o Tondela viu o poste esquerdo travar os seus intentos. Na primeira oportunidade, aos 35 minutos, a confusão instalou-se na área vitoriana e a bola sobrou para o remate seco de Ivan Cavaleiro… ao ferro. Mais confortável sobre o relvado na primeira parte, a equipa beirã jogou ainda mais perto da área contrária nos minutos que antecederam o intervalo e aproveitou um desequilíbrio vitoriano na transição defensiva para aparecer com espaço à entrada da área. Hugo Félix colocou a bola, mas Castillo opôs-se com uma palmada à altura, a desviar a bola para o poste.

 

Trave salva, Camara sentencia

A configuração do meio-campo preto e branco mudou ligeiramente após o intervalo, com Mitrovic a aparecer mais recuado face a Beni. O processo ofensivo do Vitória continuou emperrado, com vários erros e atrapalhações nos últimos 30 metros, mas a equipa de Luís Pinto foi pelo menos capaz de retirar o controlo da partida ao adversário, mantendo os comandados de Ivo Vieira longe da baliza. Esse paradigma durou até aos 61 minutos, quando Yarlen entrou em campo e agitou o ataque tondelense.

A equipa de Ivo Vieira voltou a castigar as perdas de bola do Vitória em terrenos adiantados, com contragolpes entre as brechas da demorada transição defensiva vitoriana, a gerarem mais dois valentes calafrios na área, entre os minutos 72 e 73: Castillo voltou a opor-se a Hugo Félix e depois a Yarlen, numa defesa a dois tempos, antes de Ivan Cavaleiro acertar na trave.

A equipa de branco trajada respondeu num remate de Telmo Arcanjo, sem qualquer alteração no marcador até ao lance decisivo do jogo: em lance individual, Saviolo foi pisado por Tiago Manso, num lance apenas sancionado por André Narciso após recurso ao videoárbitro. Camara, de 18 anos, converteu com aparente calma, enganando Bernardo Fontes, e deixou a bancada logo atrás da baliza, em cânticos que se estenderam para lá do último apito de um jogo bem sofrido para as hostes de Guimarães.

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