Festival de Canto Lírico estreia-se este sábado com "Leonor e Benjamim"
Guimarães acolhe mais uma edição do Festival de Canto Lírico, inserida numa tetralogia que propõe olhar a ópera como instrumento de reflexão. A estreia acontece este sábado com a apresentação de "Leonor e Benjamim", uma obra que mergulha na Lisboa de 1506, marcada pela horror da peste, da fome e pelo massacre de milhares de judeus.
A narrativa centra-se em Leonor, filha de uma família católica tradicional, e Benjamim, jovem cristão-novo de origem judaica. Juntos por um amor juvenil e proibido, os dois veem o seu destino ser abalado por um dos episódios mais violentos da história da cidade.
Com libreto de Humberto Santana e António Cabrita, e música e encenação de Jorge Salgueiro, esta produção inaugura o artifício da ópera como ferramenta de análise e questionamento histórico.
“Neste momento, estamos totalmente focados na produção do espetáculo. Os solistas e o compositor já estão definidos e encontram-se em fase de ensaios, entre Guimarães e Amarante. Paralelamente, estamos a ultimar todos os detalhes cénicos e logísticos para garantir que, no sábado, tudo esteja preparado para a estreia da ópera. No domingo de manhã teremos ainda um momento especial: a apresentação de uma ópera para bebés, uma iniciativa inédita neste festival. Esta é, portanto, uma fase intensiva de preparação técnica e organizativa, essencial para assegurar que cada elemento esteja no seu devido lugar", refere o presidente da ASMAV, Francisco Teixeira, em conversa com o Jornal de Guimarães.
Uma iniciativa promovida pela Associação Artística Vimaranense, com financiamento da Direção-Geral das Artes e em parceria com a Associação Setúbal Voz, as Câmaras Municipais de Guimarães e Setúbal, a Orquestra do Norte e A Oficina.
