Vitória a um passo do tetra: êxito nos penáltis após jogo de emoções fortes
Em oito segundos, é difícil montar um ataque que leve ao golo num jogo de polo aquático, mas possível. Decisivo no título de 2020/21, com um espetacular golo naquelas mesmas piscinas, Dumitru Sobetchi mostrou quão possível é reagir de imediato a um tento sofrido. O Vitória viu-se a perder por 9-8 a oito segundos do fim, mas o internacional português igualou o jogo e levou-o para as grandes penalidades, restando apenas um segundo no cronómetro.
Esse golo consumou uma recuperação encetada em três períodos, depois de um primeiro de incontestável domínio do Fluvial, e foi o alicerce para o triunfo que surgiu nas grandes penalidades: os pupilos de Vítor Macedo levaram a melhor por 4-3 nas grandes penalidades e lideram a final com conforto. Após vencerem os dois primeiros encontros em reduto alheio, o Vitória só precisa de somar mais um êxito para se sagrar tetracampeão, numa fase em que as equipas se mudam de armas e bagagens para Guimarães.
A equipa preta e branca pode-se sagrar tetracampeã no sábado, no terceiro jogo, marcado para as 19h30. Se perder, terá nova oportunidade para alcançar o título no domingo.
O início deste segundo jogo contrastou com o primeiro: a equipa da casa entrou, desta vez, mais forte e terminou o primeiro período com uma vantagem de 3-0, após dois golos de Tiago Parati e um de Diogo Pinto.
A partir daí, não restou outro caminho ao Vitória que não o de se lançar para a baliza adversária em busca da reviravolta. Após sofrer o 4-0 em nova situação de inferioridade numérica, a equipa de Guimarães respondeu com dois golos de Pedro Sousa e de Salvador Lopes, estancando a distância criada pelos fluvialistas.
Os vitorianos chegaram ao intervalo a perder por 5-2 e reduziram a diferença num golo ao longo do terceiro quarto, face aos golos de Dumitru Sobetchi, de Nuno Fernandes e de Salvador Lopes que fixou o 7-5 no marcador à partida para os últimos oito minutos do desafio.
Nesse último período, o Vitória confirmou a trajetória ascendente do período anterior, reduzindo a diferença para um golo, aos 06.51 minutos, com Salvador Lopes a marcar pela terceira vez no desafio. Depois de Nuno Fernandes igualar o encontro a oito golos, a 03.34 minutos do fim, o Vitória dispôs de um lance em superioridade numérica para virar o resultado, mas não o conseguiu. O Fluvial, sim, quando estava a jogar a mais: Miguel Bastos deixou os portuenses a oito segundos do triunfo quando fez o 9-8, mas nessa nesga entre o golo e a última buzina, Dumitru Sobetchi igualou o jogo a nove. Foi o catalisador decisivo para o êxito que viria nos penáltis.