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Tese de doutoramento vale prémio nacional a geógrafa de Guimarães

Redação
Ciência & Tecnologia \ sábado, novembro 26, 2022
© Direitos reservados
Catarina Pinheiro recebeu o Prémio Orlando Ribeiro, ao escrever sobre o efeito da urbanização difusa nos climas de Braga e de Guimarães. Menção honrosa foi para outro vimaranense, Ricardo Carvalho.

Denominado em homenagem ao geógrafo português mais reconhecido do século XX, o Prémio Nacional de Geografia Orlando Ribeiro distingue as melhores teses de doutoramento escritas em território nacional e, para o período entre 01 de janeiro de 2020 e 31 de dezembro de 2021, escolheu um trabalho de uma investigadora vimaranense.

A tese “Análise por deteção remota do processo de urbanização difusa e seu efeito climático em Braga e Guimarães”, defendida por Catarina Pinheiro a 28 de julho de 2020, arrecadou a mais recente edição do prémio, anunciou esta sexta-feira a Associação Portuguesa de Geógrafos (APG). “Catarina Pinheiro (Universidade do Minho) é a vencedora do Prémio Orlando Ribeiro, sendo distinguida como a autora da melhor tese de doutoramento em Geografia defendida entre 2020 e 2021”, lê-se na publicação da APG nas redes sociais.

Oriunda de São Torcato, a investigadora especializada em geografia e planeamento regional, ligada ao Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, mostrou, num trabalho de 977 páginas, as diferenças entre os processos de urbanização e, consequentemente, entre os efeitos climáticos nos dois concelhos vizinhos.

Ao passo que Braga “cresceu muito no interior do perímetro urbano”, Guimarães tem “uma interconexão de ilhas de calor”, em que sobressaem vilas industriais como Pevidém, Lordelo e Moreira de Cónegos para além da cidade. A partir de um trabalho que desenvolveu com o auxílio de satélites, Catarina Pinheiro dá ainda conta de que o maior centro urbano precisa das brisas da Penha para se refrescar, pelo que faz sentido controlar a construção na encosta. Outra das conclusões da tese é o que o ar formado nas “zonas mais altas” se escoa pelas linhas de água, pelo que também se deve evitar construção nas suas imediações.

Em nota publicada no Facebook, a autora da tese confessou o “orgulho” pelo prémio e deixou “agradecimentos” à Associação Portuguesa de Geógrafos e aos membros do júri que selecionaram a minha candidatura, aos orientadores, Manuela Laranjeira e Miguel Bandeira, “fundamentais no sucesso deste trabalho”, e ainda à família e aos amigos.

 

Investigação sobre “turismo criativo” vale menção honrosa a Ricardo Carvalho

A menção honrosa do Prémio Orlando Ribeiro para 2020 e 2021 recaiu sobre outro geógrafo de Guimarães, Ricardo Gôja de Carvalho. O investigador conseguiu-o graças à tese “A importância do turismo criativo para o desenvolvimento de cidades de pequena dimensão e de áreas rurais: estudo de caso dos projetos-piloto do Noroeste de Portugal e inseridos no Projeto CREATOUR”, defendida a 08 de janeiro de 2021.

Após recolha de fotografia e de vídeo, o autor aplicou “uma grelha de avaliação das atividades implementadas nos seis projetos-piloto” no noroeste de Portugal.

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