Guimabus. Desajustamentos nas linhas? Bragança fala em "diálogo constante"
O presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, reiterou esta quarta-feira a “revolução energética” que a nova concessão de transportes públicos trouxe ao concelho. O autarca explicou ainda que o município tem reunido “todos os dias” com a nova operadora, a Guimabus, para afinar alguns “desajustamentos” das linhas e defendeu-se de algumas reclamações acerca dos horários e rotas praticadas pelo novo serviço. "Parece que ficamos com a ideia de que o que fazemos nunca conta. Guimarães é excecional a vários domínios. Pegamos na pequena pinta na manga da camisa para dizer que a camisa está suja", disse.
O autarca vimaranense lembrou que “30% do transporte público do concelho é feito nas linhas intermunicipais”, sendo que, como a nova concessão da CIM do Ave só entra em agosto deste ano, a conjugação terá de ser feita com base no diálogo constante. “O que temos de fazer é ajustar a realidade entre a Comunidade Intermunicipal do Ave, servida pela operadora Transdev até agosto, e a nossa operadora, a Guimabus, para melhor essa realidade”, salientou. Domingos Bragança acrescentou ainda que este trabalho “conjunto” deve ser feito com as juntas de freguesia.
Os 80 novos autocarros da frota que percorre o território vimaranense é composta por 22 elétricos. E Domingos Bragança adiantou que vão ser acrescentados mais “seis pequenos autocarros para fazer as linhas da cidade”. Adiu ainda: “Do ponto de vista das linhas, da frequência, de cobrir todas as freguesias do concelho e descarbonização” o serviço é “revolucionário”.
À margem da inauguração das obras de requalificação no edifício da Escola EB1/JI de Casais, em Brito, o edil socialista fez também saber que serão colocados horários em formato físico em cada paragem. Apesar de a operadora disponibilizar uma aplicação com rotas, pontos de acesso e localização de autocarros, “nem todos têm literacia digital” para aceder ao serviço.
“O que é essencial realçar”, indicou, é “o novo conceito de transportes públicos”. Domingos Bragança defendeu que o “conceito cultural deve sobrepor-se ao conceito económico” na hora de usar transportes coletivos.