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Guimabus: “Há ajustes que têm de ser feitos” numa “concessão bem-sucedida”

Bruno José Ferreira
Sociedade \ segunda-feira, maio 06, 2024
© Direitos reservados
Interoperabilidade, simplificação e aumento de quilómetros são os três eixos que a oposição considera ser necessário ajustar na Guimabus. Câmara fala numa " fase muito positiva do transporte público".

Ricardo Araújo considerou sesta segunda-feira, em reunião de câmara, que há a “necessidade de fazer uma reflexão” sobre os transportes públicos em Guimarães, nomeadamente a concessão do transporte público rodoviário a operar há sensivelmente dois anos e meio pela Guimabus.

Na ótica do vereador é necessário “fazer ajustes do ponto de vista operacional”, apontando três pilares de atuação: interoperabilidade, simplificação e aumento de quilómetros. “Em primeiro lugar é necessário garantir a interoperabilidade com outras operadoras; em segundo lugar há a necessidade de simplificar, nomeadamente as diferentes medidas de apoio à redução tarifária, que estão demasiado dispersas, dificilmente compreensíveis e, por vezes, também, mal comunicadas. Em terceiro lugar é necessário o aumento de quilómetros, ou passagem de zonas que haja excesso para as zonas que possam necessitar”, vincou o social-democrata.

Recordando que estas temáticas já foram abordadas em reuniões anteriores, Ricardo Araújo questionou o que foi feito a este nível. “Temos dois anos e meio para fazer uma avaliação e análise desta concessão, propusemos a gratuitidade para jovens e para pessoas com mais de 65 anos e recordo que, na altura, mostrou disponibilidade para fazer ajustes, mas aguardava mais um estudo do Dr. Álvaro Costa. O que foi feito e em que ponto estamos?”, perguntou.

"Pensamos que o transporte flexível vai resolver muitos dos problemas levantados"

Domingos Bragança começou por dizer que “a concessão tem sido bem-sucedida”, considerando que “marca uma fase muito positiva do transporte público em Guimarães”. Respondendo aos temas colocados pela oposição, o presidente da Câmara disse concordar “com a tendência para a gratuitidade do transporte público”. Relativamente à interoperabilidade, sustentou que está a ser feito esse trabalho junto de outras operadoras, como as Comunidades Intermunicipais, a área metropolitana do Porto e outros transportes, como a ferrovia, ressalvando que “esse trabalho está a ser feito” conjuntamente com várias entidades.

De resto, Domingos Bragança lembrou que “para melhorar há um outro modelo de transporte público a ser implementado a partir do verão, o transporte flexível, que vai permitir a cobertura de todo o território”. A Vitrus está no processo de aquisição de três viaturas de 22 lugares para dar reposta a um serviço que “pensamos que vai resolver muitos dos problemas levantados”, atirou o líder máximo do município.

Quanto há simplificação, Domingos Bragança concordou que “só temos a ganhar” com essa simplificação. “Temos de reforçar a comunicação”, disse, sublinhando, em resposta a outro ponto, que “o aumento de quilómetros é complicado”, para não ferir o concurso da concessão. “O Dr. Álvaro Costa está a trabalhar há algum tempo, mas implica os setores jurídicos, questões de proporcionalidade financeira”, concluiu.

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