Guimarães é o nono município com mais fundo aprovado do Norte 2020
Dentro das operações de esfera municipal apoiadas pelo Portugal 2020 até 30 de junho de 2021, Guimarães teve 32 milhões de euros de fundo aprovado, a nona quantia mais elevada entre os municípios do Norte. A verba corresponde a 84% do investimento elegível aprovado para o concelho, de 38,1 milhões de euros. Os dados constam da publicação Norte UE: Dinâmicas dos Fundos Estruturais na Região Norte, elaborada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-Norte) em outubro.
O município mais populoso da sub-região do Ave recebeu menos fundos para a esfera municipal do que Porto (62,55 milhões de euros), Matosinhos (57,18 milhões), Braga (56,11 milhões), Vila Nova de Gaia (49,65 milhões), Viana do Castelo (40,32 milhões), Vila Real (35,58 milhões), Gondomar (35,05 milhões) e Maia (34,42 milhões). Vila Nova de Famalicão encerra a tabela dos 10 primeiros, com 29,74 milhões.
O financiamento do Portugal 2020 atribuído a Guimarães foi aplicado em 59 operações; assim cada projeto no concelho recebeu, em média, cerca de 542.300 euros de fundos comunitários. É a oitava verba entre os 86 municípios do Norte, depois do Porto (1,3 milhões de euros), de Matosinhos (742,5 mil euros), de Santa Maria da Feira (739 mil), de Vila Real (684 mil), de Braga (668 mil), de Valongo (617,5 mil euros) e de Vila Nova de Gaia (564 mil).
Quando se reparte a totalidade dos fundos atribuídos pela população de cada um dos 86 municípios nortenhos, Guimarães recolhe 204 euros, o quarto valor mais baixo, somente acima de Vila do Conde (181 euros), de Vila Nova de Gaia (163 euros) e de Santa Maria da Feira (160 euros). Murça é o concelho que mais dinheiro capta por habitante (2.426 euros), seguido de Paredes de Coura (1.678 euros), de Freixo de Espada à Cinta (1.593) e de Mondim de Basto, já na sub-região do Ave (1.570 euros).
Norte recolhe 40% dos fundos a nível nacional
O Norte obteve 1,42 mil milhões de euros do Portugal 2020 para a esfera municipal, valor que se reparte por 3.276 candidaturas aprovadas; o valor médio por projeto na região é de 433.761 euros, portanto. O valor corresponde a 40% dos fundos atribuídos a nível nacional, de 3,5 mil milhões de euros, reitera o documento.
Quanto à distribuição do Portugal 2020 a Norte, 22 concelhos obtiveram até 30 de junho mais de 50% dos fundos. Quanto aos 52 concelhos de baixa densidade, que representam 19% da população residente e 77% da superfície territorial, a porção do financiamento atribuído é de 39%.
Até 30 de junho de 2021, foi executado 56% do fundo, registo que supera ligeiramente a performance nacional (54%).
Relativamente ao fundo aprovado até junho de 2020, Penafiel registou um crescimento superior a 100%, fixando-se nos 23,2 milhões de euros, enquanto Braga apresentou a maior subida absoluta, de 13 milhões.
Entre os quatro domínios financiados, a sustentabilidade e uso dos recursos destaca-se, com a recolha de 60% do fundo. Depois aparecem o capital humano, com 22,18%, a inclusão social e emprego (11,65%) e a competitividade e internacionalização (6,18%).
Teatro Jordão é o terceiro projeto com mais financiamento a Norte
Obra em curso há quase dois anos, com possível inauguração em dezembro, a requalificação e transformação do Teatro Jordão e da Garagem Avenida na futura casa da Sociedade Musical de Guimarães e das licenciaturas em Teatro e em Artes Visuais da Universidade do Minho é a terceira candidatura da região com mais financiamento do Portugal 2020.
O projeto obteve 9,82 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), valor que corresponde a 85% do investimento total, de 11,5 milhões, e a 30,86% de todo o financiamento comunitário atribuído a Guimarães.
Acima, surgem a Estação de Tratamento de Águas Residuais de Matosinhos (ETAR), com 12,95 milhões, e a segunda fase do Mercado do Bolhão, no Porto (11,72 milhões).
A empreitada em curso na Avenida D. Afonso Henriques corresponde à única candidatura vimaranense entre as 30 mais financiadas a Norte.