“Guimarães é um território melhor”: cuidados paliativos vão até casa
O Hospital Senhora da Oliveira – Guimarães (HSO) apresentou esta quarta-feira o seu mais recente projeto, uma equipa de cuidados paliativos ao domicílio que já se encontra a atuar no território concelhio e também em Vizela.
Este projeto nasceu de uma candidatura submetida na Fundação La Caixa, que torna possível que uma equipa de treze elementos preste cuidados paliativos em casa dos doentes. Este serviço já realizou 84 visitas desde novembro, sendo que exige um orçamento anual de 150 mil euros.
A iniciativa partiu do Hospital de Guimarães, que se candidatou ao projeto “Paliativos consigo”, empresta o seu know-how e competências técnicas, a Liga dos Amigos ajudou na pela que faltava, uma viatura, e os cuidados paliativos ao domicílio já são uma realidade.
“Guimarães é hoje um território melhor”, referiu Adelina Pinto, vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães, acompanhada da vereadora Paula Oliveira. “Em nome dos vimaranenses, só tenho uma palavra: gratidão. O hospital não se limita a olhar para dentro e este é um exemplo, porque o entrar na casa do doente faz com que aquela pessoa tenha dignidade e humanidade”, referiu.
A partir de Espanha, em representação da Fundação La Caixa, a Dra. Iciar García deu os parabéns ao Hospital de Guimarães pelo trabalho desenvolvido, destacando o “empenho e dedicação” dos seus profissionais.
José Alves Pinto, presidente da Liga dos Amigos do Hospital, relembrou que desde o início da pandemia esta entidade já ajudou a hospital com mais de um milhão de euros. “É este o nosso papel, colaborar para que toda a gente tenha uma vida digna”, disse, lançando o repto aos presentes: “Vamos pensar numa estrutura externa ao hospital que dê resposta aos cuidados paliativos”.
Henrique Capelas, presidente da direção do HSO, agradeceu à equipa que dá corpo a este novo projeto, dizendo que “o hospital trata bem os seus doentes e agora vai mais longe; vai de encontro aos doentes”.
Apesar de estar ainda a dar os primeiros passos, o projeto é já olhado como algo que pode crescer. A ambição passa por realizar ações de formação e até alargar o seu âmbito, até porque há doentes numa área geográfica mais afastada a necessitar deste tipo de cuidados.