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Guimarães fora da Rede Ciência Viva: “Não é uma boa notícia”, alerta o PSD

Redação
Política \ terça-feira, abril 22, 2025
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A saída do Curtir Ciência da Rede Ciência Viva esteve em debate na Câmara, com o PSD a criticar a falta de soluções. O executivo garante que o projeto continua ativo e com planos de requalificação.

Após um minuto de silêncio pelo Papa Francisco, a reunião de Câmara desta terça-feira, dia 22 de abril, começou com a discussão sobre a alteração do nome da Associação do Centro de Ciência Viva de Guimarães para Associação Curtir Ciência, após ter sido excluída da Rede Nacional de Centros Ciência Viva, na sequência de uma auditoria técnica realizada em 2023, que identificou falhas ao nível da infraestrutura e uma desatualização dos conteúdos.

Ricardo Araújo, candidato do PSD à Câmara Municipal de Guimarães (CMG), pediu esclarecimentos sobre esta alteração, que representa o afastamento de Guimarães da Rede Centros de Ciência Viva, algo que, para o vereador, "não é uma notícia positiva para Guimarães". O mais grave, segundo ele, é que o motivo "são as más condições do instituto", que não deixarão de existir apenas com esta mudança de nome.

Em resposta, Adelina Pinto, vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães, frisou que a Associação Curtir Ciência continua a operar nos mesmos moldes anteriores - de quando ainda integrava a rede nacional - sem alterações no leque de atividades oferecido. "Neste momento, a Associação Curtir Ciência é da Universidade do Minho e da CMG, e estamos a repensar a situação, pois a fábrica é Património da Humanidade e precisa de uma requalificação muito cuidada", relembrou a vereadora.

Ricardo Araújo contrapôs, afirmando que não é aceitável manter um período de reflexão, dado que o processo se arrasta há já 10 anos. Recordou ainda que, à época do afastamento, a presidente da Rede Nacional de Centros Ciência Viva, Rosalia Vargas, lhe revelou o motivo: "A deliberação unânime da rede nacional espelha o estado de degradação do espaço, desatualização dos conteúdos, o caráter obsoleto dos modos expositivos e as graves falhas daquele espaço, criando, em algumas situações, riscos para a segurança", citou.

Adelina Pinto respondeu, recordando que foi apresentado um contraditório por parte da Câmara, embora sem sucesso, e salientou que a segurança nunca esteve em causa. "Foi mal feito (o relatório), e o que está ali dito não corresponde à verdade", afirmou.

Já Domingos Bragança sublinhou que a Agência Nacional para a Ciência e Tecnologia, inicialmente parceira da Curtir Ciência de Guimarães - juntamente com a CMG e a UMinho -, não apoiou a manutenção do equipamento. "Não contribuiu aqui, apenas enviou a fiscalização para mandar fechar o centro. Os contributos são só para as metrópoles?", questionou o presidente.

"Sabemos que não temos a melhor estrutura, daí o objetivo desde o início de expandir o centro através da criação de um novo pavilhão junto à Fábrica Âncora. A responsabilidade é, em primeiro lugar, da Rede, que deveria garantir esse contributo”, reforçou.

Recorde-se que o Centro Ciência Viva foi inaugurado em 17 de dezembro de 2015, ocupando o espaço da antiga Fábrica Âncora, que atuava na manufatura de curtumes, em Couros, e que foi requalificada no âmbito da Capital Europeia da Cultura de 2012, sendo considerada Património da Humanidade.

Até ao momento, o executivo assegura que o plano de atividades se mantém, à exceção das salas de exposição, que se encontram encerradas, garantindo ainda que o funcionamento do centro não depende do apoio financeiro da Rede Nacional - que era de aproximadamente 2.500 euros anuais -, permanecendo, no entanto, a vontade de melhorar e voltar a integrar a Rede.

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