skipToMain
ASSINAR
LOJA ONLINE
SIGA-NOS
Guimarães
15 abril 2025
tempo
18˚C
Nuvens dispersas
Min: 17
Max: 19
20,376 km/h

Guimarães prepara caminho para Capital Verde Europeia 2026

Redação
Ambiente \ segunda-feira, abril 14, 2025
© Direitos reservados
Na primeira reunião da Comissão de Acompanhamento, marcada pelo foco na sustentabilidade, discutiu-se, por exemplo, a criação da Carta de Guimarães, compromisso internacional para descarbonização.

A primeira reunião da Comissão de Acompanhamento da Capital Verde Europeia 2026 decorreu no final da tarde de sexta-feira, 11 de abril, no Laboratório da Paisagem, assinalando o arranque de um novo ciclo de envolvimento coletivo rumo à concretização de uma visão partilhada para Guimarães, enquanto Capital Verde Europeia em 2026 — distinção conquistada na final de 2024, em Valência.

O Plano Estratégico da CVE2026, aprovado pelo Executivo Municipal, definiu 2025 como um ano de preparação intensiva, com etapas fundamentais para assegurar a implementação eficaz do programa. Foi definida a criação de uma Unidade de Missão composta por uma Direção Executiva, quatro comissões (Comissão de Honra, Comissão Científica, Comissão da Comunidade e Comissão de Acompanhamento), uma equipa de comunicação e uma equipa financeira. O objetivo é reforçar o compromisso de Guimarães em liderar pelo exemplo, posicionando a cidade como um território inspirador na sustentabilidade, inovação e ação climática.

Na primeira reunião da Comissão de Acompanhamento, o Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, apelou a uma participação ativa de todos os membros da comissão, destacando a necessidade de consensos robustos que reflitam um pensamento plural, coerente com a responsabilidade acrescida que a distinção impõe. “Este é um processo contínuo de aperfeiçoamento, que deverá acolher contributos diversos e mobilizar entusiasmo e saber em torno de um desígnio comum”, afirmou.

A Direção Executiva — Isabel Loureiro, Carlos Ribeiro e Dalila Sepúlveda — delineou a visão estruturante do projeto. Entre os objetivos estratégicos, destacam-se a mobilização cidadã, a capacitação do setor privado, o reforço da coesão urbano-rural e a projeção internacional. O programa, ancorado nos pilares do clima, educação, saúde, ciência, inovação e celebração em comunidade, segue uma abordagem transversal, onde a mobilidade sustentável será tema estruturante.

A CVE2026 será também orientada pela valorização da democracia participativa, assumindo-se como um laboratório vivo para a construção de políticas públicas mais próximas dos cidadãos. Entre os destaques, estão a assinatura da carta de intenções com a Comissão Europeia, durante a Green Week 2025 (5 a 8 de junho), e a realização do Energy Cities Annual Forum, em abril de 2026, em Guimarães, que reunirá mais de 200 cidades europeias.

A vereadora Adelina Pinto propôs que seja promovida a assinatura da “Carta de Guimarães”, como um compromisso internacional para replicar boas práticas rumo à descarbonização e sustentabilidade ambiental. O vereador Paulo Lopes Silva referiu a criação de uma plataforma digital de mobilidade urbana no âmbito da Agenda Be.Neutral, com soluções como veículos autónomos e entregas sustentáveis. Já a vereadora Sofia Ferreira abordou o projeto-piloto financiado pela NetZeroCities, no Bairro C, destacando a criação de uma “comunidade de energia”, com destaque para a instalação de painéis solares no recinto da feira semanal.

As intervenções dos membros da Comissão de Acompanhamento refletiu um consenso político e reconhecimento da liderança de Domingos Bragança. Ricardo Araújo (PSD) sublinhou a importância de mobilizar a comunidade e o setor privado. Ricardo Costa (PS) reforçou a importância do legado, defendendo a criação de um sistema de créditos de carbono para recompensar o esforço das empresas. André Almeida (CHEGA) propôs formação ambiental para o setor privado, e Sónia Ribeiro (BE) defendeu a importância da partilha de informação e responsabilidade do setor privado na promoção de práticas responsáveis e transparentes.

Ao encerrar a reunião, Domingos Bragança respondeu à questão “O que ficará de duradouro?” afirmando que “é importante a distinção, mas tão ou mais importante é o caminho que estamos coletivamente a percorrer”, reforçando que após 2026, permanecerá a responsabilidade de continuar o caminho da defesa do ambiente, com uma consciência ecológica que criou raízes para além de cada ciclo político.

Podcast Jornal de Guimarães
Episódio mais recente: O Que Faltava #93