Hemodinâmica sem urgência? Movimento cívico questiona e promete lutar
A Associação Cívica Vimaranense, um movimento cívico que tem como lema ‘Guimarães, a nossa causa comum’ reagiu em comunicado à abertura da Unidade de Hemodinâmica do Hospital Senhora da Oliveira – Guimarães (HSOG), questionando a sua operacionalidade, no que diz respeito à resposta de urgência.
Num comunicado, que é também uma carta aberta ao Ministro da Saúde e ao CEO do Serviço Nacional de Saúde, este movimento de vimaranenses – que tem Carlos Caneja Amorim como presidente da comissão instaladora – diz-se certo que “o SNS não terá a arbitrariedade de cometer uma injustiça grosseira de condicionar a abertura do Centro de Hemodinâmica do Hospital Nossa Senhora da Oliveira à injunção permanente de trabalhar na dependência e sobre o autoridade do Hospital de Braga”.
Isto porque, e passam a questionar: “Passou ou não o Hospital Nossa Senhora da Oliveira, mediante abertura do Centro de Hemodinâmica, por exemplo, a constar da rede de referenciação e da Via Verde Coronária, estando habilitado para realizar angioplastias primárias em caso de enfartes agudo do miocárdio? Vidas continuarão em risco em Guimarães a confirmar-se que o centro “abriu” sem resposta terapêutica de urgência?”.
Na longa missiva, em que a Associação Cívica Vimaranense começa por afirmar que “todos os governos falharam com Guimarães” é frisado que o HSOG “tem excelentes profissionais e, tecnicamente, está tudo pronto para que o Centro de Hemodinâmica possa entrar em funcionamento em pleno no Hospital Senhora da Oliveira”. “Tem de constar da rede de referenciação da via verde coronária para toda a sua área de influência geográfica”, reforçam.
De seguida, o referido movimento cívico, que se dirige diretamente a Manuel Pizarro e Fernando Araújo, Ministro da Saúde e CEO do Serviço Nacional de Saúde, respetivamente, dá um exemplo prático.
“Se uma mulher ou homem vimaranense tiver um enfarte agudo do miocárdio no Toural e sabendo-se que o tempo de resposta é a diferença entre a vida e a morte, que sentido faz o INEM, via CODU, ordenar o envio do doente para Braga, quando o nosso Hospital já ali ao lado estaria habilitado para dar essa resposta?”
“Não podemos ficar calados”, aponta a Associação Cívica Vimaranense, prometendo lutar para abertura desta valência na sua plenitude, ameaçando mesmo ir pelas vias judiciais para resolver a situação. “Se não tivermos notícias da abertura imediata, com todas as valências e potencialidades, seremos forçados a ir à luta, mesmo pelas vias judiciais”.