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Housing Symposium propôs novos modelos de habitação face à mudança social

Redação
Sociedade \ quarta-feira, junho 04, 2025
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“Housing Symposium Guimarães 2025” reuniu, no CCVF, arquitetos, académicos e políticos para discutir soluções habitacionais inovadoras, ajustadas às atuais dinâmicas familiares e sociais.

Guimarães acolheu recentemente o "Housing Symposium Guimarães 2025", uma iniciativa que reuniu alguns dos mais relevantes nomes da arquitetura contemporânea, com o objetivo de refletir sobre o futuro da habitação. Durante três dias, o Centro Cultural Vila Flor foi palco de debates em torno da necessidade de repensar os modelos habitacionais à luz das novas configurações familiares e dinâmicas sociais.

A secretária de estado da habitação, Patrícia Machado dos Santos, representou o governo no evento, destacando a importância de adaptar os espaços residenciais às vivências atuais. Já o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, aproveitou o encontro para reiterar o compromisso com um planeamento urbano centrado nas pessoas, destacando o trabalho em curso na revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) e a recente inclusão da Zona de Couros no Património Mundial. Defendeu ainda a compilação dos conteúdos do simpósio como forma de produção de conhecimento útil para políticas públicas.

Entre os promotores do simpósio estiveram o Grupo Zegnea, liderado por Hugo Ribeiro Lobo, a fundação Ideal Spaces, proveniente da Alemanha, a Câmara Municipal de Guimarães e a Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho. Segundo Hugo Ribeiro Lobo, o conceito "HUMA", apresentado no evento, propõe um novo paradigma habitacional que valoriza a vivência comunitária e a relação entre arquitetura e sociedade.

A vereadora do urbanismo do município de Guimarães, Ana Cotter, também esteve presente, classificando o evento como uma jornada intensa e rica em contributos para o futuro da habitação. A responsável sublinhou a importância de deixar uma "memória futura" desta edição, marcada pela elevada qualidade das intervenções.

Durante os debates, abordou-se ainda a chamada "crise da habitação", um conceito contestado por Hugo Ribeiro Lobo, que argumentou tratar-se antes de uma "crise de acesso", apontando a necessidade de redesenhar o espaço habitacional como um organismo vivo, como foi mencionado também por outros intervenientes. O arquiteto André Fontes destacou, por sua vez, a evolução da cidade como reflexo das aspirações humanas, defendendo respostas mais eficazes e adaptadas às necessidades habitacionais atuais.

O simpósio contou ainda com a presença de José João Torrinha, presidente da Assembleia Municipal, os deputados Ricardo Costa e Ricardo Araújo, Pedro Arezes, presidente da Escola de Engenharia da UMinho, Miguel Bandeira, pró-reitor da UMinho, e Alexandra Malheiro, do IPCA.

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