Iniciativa da Casa de Sarmento sobre a mulher segue pelas quintas de Ronfe

Lançada a 16 de março na sequência das conferências organizadas pela Sociedade Martins Sarmento (SMS), a iniciativa Novos Olhares prossegue esta quinta-feira, com a segunda sessão do ciclo: “As mulheres na sucessão das quintas de Ronfe (séculos XVI a XIX)”, a cargo de Maria Norberta Amorim, professora catedrática aposentada da Universidade do Minho. O evento está marcado para as 18h00, na Casa de Sarmento, no Largo do Carmo, com participação livre, mas inscrição obrigatória.

Autora de vários estudos sobre os Açores, região de que é natural, mas também sobre Guimarães, a historiadora dá continuidade a uma iniciativa da Casa de Sarmento que discute “a mulher no trabalho e na sociedade”, lançando um debate sobre um território que se repartiu em quintas produtivas até ao final do século XIX, cujos nomes ainda se refletem na toponímia da vila.

“A partir de uma base de dados demográfico-genealógica, em cruzamento com listas de habitantes e uma rica e variada gama de outras fontes, em que sobressaem os testamentos, podemos acompanhar, desde os finais do seculo XVI, a reprodução biológica dos proprietários e as estratégias de nomeação de herdeiros, avaliando o papel e o peso das mulheres nesse processo”, lê-se num resumo da sessão.

A sessão desta quinta-feira é, pelo menos, a segunda de três sessões, tendo a primeira, “Mulheres e trabalho: da economia familiar ao salário individual”, estado a cargo de Isabel dos Guimarães Sá, professora do Departamento de História da UMinho.

A Casa de Sarmento justifica a iniciativa com a necessidade de se “refletir sobre a posição da mulher na sociedade numa perspetiva histórica”, lê-se na nota de apresentação do ciclo de conferências.