
Iniciativa Liberal critica instalação do sistema de videovigilância
O Núcleo Territorial de Guimarães da Iniciativa Liberal opõe-se à instalação do sistema de videovigilância no concelho de Guimarães, considerando-a "um atentado à privacidade dos cidadãos e uma utilização desnecessária de recursos públicos".
"A Iniciativa Liberal de Guimarães manifesta a sua total oposição ao plano anunciado pelo vereador Nelson Felgueiras para a instalação de 100 câmaras de videovigilância no concelho, em cooperação com a Polícia de Segurança Pública (PSP). Esta medida, que representa um investimento superior a um milhão de euros, constitui um atentado à privacidade dos cidadãos e uma utilização desnecessária de recursos públicos", refere a nota enviada pelos liberais às redações.
Segundo o partido, o executivo camarário "não apresentou qualquer dado ou estudo que demonstre um problema de segurança significativo em Guimarães que justifique esta invasão da privacidade dos vimaranenses".
"O próprio vereador reconhece que Guimarães é uma cidade segura, com indicadores positivos de segurança. Assim, esta medida surge como um ataque desproporcionado aos direitos dos cidadãos, sem qualquer justificação plausível", realça.
A IL crê que ainda "mais preocupante" é a "intenção expressa de usar este sistema para fiscalizar o trânsito e o estacionamento indevido, transformando as câmaras num instrumento de caça à multa".
"Este tipo de abordagem revela que o verdadeiro objetivo não é a segurança pública, mas sim a geração de receita para financiar um sistema injustificado e invasivo", refere.
A Iniciativa Liberal de Guimarães apela ao executivo municipal para que "reveja esta decisão, respeitando os direitos fundamentais dos cidadãos e priorizando o uso responsável e eficiente dos recursos públicos".
"Guimarães merece uma gestão transparente e focada em medidas que melhorem efetivamente a qualidade de vida de todos os seus habitantes, sem comprometer as liberdades individuais. Guimarães é uma cidade segura. Não precisamos de câmaras, precisamos de bom senso", conclui a nota.