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Inspiração dá lugar à organização em nova prova de solidez do Moreirense

Tiago Mendes Dias
Desporto \ domingo, dezembro 03, 2023
© Direitos reservados
Cónegos empataram a zero na receção ao Benfica e averbaram o sétimo jogo sem derrotas para o campeonato. Após criarem várias ocasiões a abrir, pupilos de Rui Borges contiveram domínio encarnado.

São já sete os jogos consecutivos sem derrotas para o campeonato e mais de 400 os minutos sem qualquer golo sofrido: o Moreirense continua a apresentar feitos dignos de registo à boleia de um empate a zero na receção ao líder do campeonato. Um empate que espelha o que se passou, face à capacidade dos vimaranenses para serem perigosos no arranque do encontro e para anularem o domínio encarnado na fase final, vedando com eficácia os caminhos para a baliza de Kewin. A equipa cónega termina a 12.ª jornada no sexto lugar, com 21 pontos, tendo já defrontado os cinco primeiros.

O Moreirense fez os possíveis por disfarçar a ausência do castigado Ofori, até agora um elemento-chave para o equilíbrio entre os setores defensivo e ofensivo. E foi bem sucedido em grande parte do desafio, com Rúben Ismael a proteger a defesa e a participar nos típicos ataques rápidos dos cónegos enquanto pôde.

A equipa de Rui Borges foi, por isso, igual a si própria, aplicando o seu modelo de jogo em vários períodos do desafio, nomeadamente na primeira parte. O intervalo entre os cinco e os 15 minutos foi, aliás, o expoente máximo da capacidade verde e branca para sair em contra-ataque com velocidade e precisão, faltando apenas a pontaria na hora de atirar à baliza. André Luís falhou a emenda para o fundo das redes aos sete minutos, Madson atirou ao lado aos 11 e Alanzinho viu o seu remate embater com estrondo na barra aos 12, antes de Madson voltar a tentar, num remate em que Trubin estava atento.

O Benfica, que começara autoritário, a jogar nas imediações da área do Moreirense, parecia atarantado pela facilidade com que apareciam os espaços para os cónegos atirarem à baliza, mas recompôs-se de pronto: um cabeceamento de Florentino, completamente solto na pequena área, passo ao lado da baliza aos 15 minutos, provocando um breve calafrio no grupo verde e branco. Logo depois, Kewin Silva opôs-se ao remate de Di María.

A partida seguia eletrizante com 20 minutos no cronómetro, mas a tensão diminuiu aos poucos para a toada que viria a ser a norma da maior parte do jogo: o Benfica a circular a bola incessantemente, para trás, para a frente e para os lados, enquanto o Moreirense se mantinha resguardado e equilibrado, atento a todos os espaços que se pudessem abrir face às movimentações do Benfica.

Após um par de ocasiões com relativo perigo até ao intervalo, a baliza do Moreirense foi novamente visada aos 49 minutos, num remate perigoso de Di María. O Benfica parecia capaz de se acercar com mais ímpeto da baliza de Kewin, mas o Moreirense teimava em contra-atacar sempre que podia. O Benfica dominava, mas sem fluidez no seu jogo; a exceção foi a combinação entre Kokçu, Di María e João Mário que acabou no fundo das redes, mas uma das peças estava em fora de jogo.

Os milhares de benfiquistas no Comendador Joaquim de Almeida Freitas tiveram de silenciar os festejos e de assistir a um último quarto de hora sem imaginação para desfeitear a sólida organização do Moreirense. Assim que soou o apito final, o silêncio deu lugar às vaias entre os adeptos que se vestiam de vermelho e ao grato aplauso das centenas trajadas de verde, perante mais um comprovativo de abnegação e organização de uma equipa sem sofrer golos para o campeonato há 435 minutos. Esta equipa de Rui Borges compete de igual para igual com qualquer oponente deste campeonato, justificando o lugar que ocupa entre o primeiro terço da tabela.

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