Instituto Cidade de Guimarães inaugurado: Portugal “fica mais capacitado”
“A partir de hoje o país fica mais capacitado” com a inauguração do TERM RES-Hub – Instituto Cidade de Guimarães, segundo Elvira Fortunato. Associado ao Instituto 3B’s, este projeto, que contempla um edifício de 2900m2 e equipamento de última geração, teve financiamento de sensivelmente 12 milhões de euros e constitui-se como uma “referência a nível europeu na área dos biomateriais”, na ótica da ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Juntamente com o primeiro-ministro, António Costa, Elvira Fortunato foi uma das representantes de estado presente na cerimónia de inauguração que decorreu na manhã desta quarta-feira no Avepark, em Barco, com a comitiva a visitar os vários laboratórios e espaços deste projeto que integra o Roteiro Nacional de Infraestruturas de Investigação de Interesse Estratégico.
“Domingos Bragança é um embaixador da ciência e Portugal precisa disso”, salientou a ministra, reforçando a ideia transmitida em primeira instância pelo reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, que destacou a “ação” do presidente da Câmara Municipal de Guimarães para a concretização desta “infraestrutura importantíssima para o país”, que “reforça a posição estratégica da Universidade do Minho.
"Uma oportunidade para ser agarrada" - Rui Reis
©UMinho
Rui Reis, presidente do Instituto 3B’s e principal investigador responsável por este projeto, relembrou o complexo processo necessário para que a valência que hoje foi inaugurada possa ser uma realidade, destacando que é uma “oportunidade para ser agarrada” pela equipa que lidera. “Foi uma oportunidade criada por nós, mas que não nos desresponsabiliza. Temos de a agarrar” vincou, alertando para a “grande necessidade de fixar investigadores”.
O líder máximo e mentor deste projeto formulou o desejo que no futuro as entidades presentes “possam cá voltar e ver a evolução da investigação” praticada no I3B’s, potencializando “em Barco uma referência a nível mundial”.
Por sua vez, o presidente do município destacou os “recursos e potencialidades” existentes nesta estrutura. “A ciência permite-nos interpretar o mundo e progredir e em Guimarães estamos alinhados com o que é estruturante para o futuro, de forma a sermos mais atrativos”, disse, admitindo que é necessário transportar o conhecimento científico produzido para a vertente industrial e produtiva.
“Estruturas como estas, e outras que temos vindo a desenvolver, são tão mais importantes se conseguirem transferir o seu conhecimento para a economia e para as empresas, e Guimarães precisa de diversificar a sua economia como de pão para a boca”, constatou.
"Desenvolver e dar estabilidade ao trabalho científico" - António Costa
©UMinho
A cerimónia foi encerrada por António Costa, com o primeiro-ministro a assinalar a inauguração como “mais um marco de uma estratégia que o país tem vindo a desenvolver, que assenta no conhecimento para assim podermos ter inovação e podermos ser mais competitivos”. O primeiro-ministro frisou que é necessário, através de projetos como este, “desenvolver e dar estabilidade ao trabalho científico”.
A passagem do primeiro-ministro, e da restante comitiva, pelo Parque de Ciência e Tecnologia de Guimarães terminou com uma visita à obra de construção da Residência Universitária que está a nascer no Avepark, um edifício modular sustentável que dará suporte à atividade deste centro tecnológico.