À espera do Estrela, Moreirense quer sexto lugar e recorde pontual na Liga
Rui Borges não se cansa de agradecer ao plantel que tem nas mãos, repleto de atletas “muito competitivos”, que “ficam frustrados quando não ganham”. Grato pelo rendimento ofensivo e defensivo do Moreirense FC, que se traduz em 42 pontos após 27 jornadas, o treinador transmontano diz que só lhe resta “bater palmas” aos seus rapazes caso mantenham a consistência nas sete jornadas que restam. “Só as grandes equipas conseguem ser consistentes até ao fim”, frisa.
Essa sede de consistência é nutriente para as ambições traçadas no que resta da Liga Portugal Betclic: o quinto lugar “está muito difícil”, fruto do desaire de sábado passado no D. Afonso Henriques, que deixou o Vitória a 11 pontos, mas a equipa de Moreira de Cónegos agarra-se a todo e qualquer objetivo pertinente para evitar um indesejável relaxamento.
Neste momento, são três os objetivos fixados pelo clube: a manutenção do sexto lugar, até porque dá acesso à edição 2024/25 da Taça da Liga, quando o sétimo classificado, Arouca, tem menos cinco pontos, o estatuto de equipa com mais jogos sem golos sofridos – o Moreirense é segundo nesse ranking, com 13, somente atrás do Benfica, com 14 –, e o recorde pontual de 52 pontos, fixado na época 2018/19, com o treinador Ivo Vieira, que deve ser igualado ou superado.
“Fui sempre um treinador que gosta de se agarrar às coisas positivas e de fixar um objetivo para se guiar. Queremos conseguir esses pequenos objetivos e agarrarmo–nos a eles. No fim do campeonato, queremos garantir o sexto lugar, que dá acesso à Taça da Liga, e igualar a marca pontual do ‘mister’ Ivo”, vincou, na conferência de antevisão à receção ao Estrela da Amadora, referente à 28.ª jornada e marcada para as 18h00 de domingo.
O Moreirense tem, pelo menos, de somar 10 pontos em 21 possíveis para cumprir esse último objetivo e pode dar o primeiro passo nesse sentido com os ‘tricolores’ da Amadora, num duelo que o treinador espera “muito competitivo”.
“A equipa dará uma boa resposta. Sempre que tivemos resultados menos bons, demos sempre uma boa resposta. Será um jogo muito competitivo, contra uma equipa muito forte a nível físico, nas bolas paradas e ataque rápido, intensa quando ativa os momentos de pressão. Fez um bom acréscimo de jogadores no mercado de janeiro”, descreveu.
Rui Borges reconheceu ainda que a falta de eficácia nas zonas de finalização tem sido a principal pecha da equipa de Moreira de Cónegos, que continua a apresentar coesão e foco na defesa e iniciativa no ataque, mostrando-se à altura de quem está em competição para “valorizar o jogo”.