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José Santos preside ao regresso do Castelões à AF Braga, palco onde jogou

Tiago Mendes Dias
Desporto \ terça-feira, junho 20, 2023
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Após pelo menos 26 anos de competição na Associação de Futebol Popular de Guimarães, os aurirrubros pensam inscrever-se na Associação de Futebol de Braga (AF Braga) para a época 2023/24.

Presidente do Clube Académico de Castelões há 27 anos, José Santos está prestes a fechar um capítulo e a iniciar um outro ao serviço de uma comunidade no extremo nordeste do território de Guimarães: após pelo menos 26 anos de competição na Associação de Futebol Popular de Guimarães, os aurirrubros pensam inscrever-se na Associação de Futebol de Braga (AF Braga) para a época 2023/24.

A confirmar-se, é o regresso ao patamar onde competiram por sete anos, nas décadas de 80 e de 90 do século XX. “Já ficou decidido em reunião avançarmos. Tivemos duas reuniões com a AF Braga e está dentro das possibilidades do Castelões. Está tudo encaminhado”, frisa ao Jornal de Guimarães o dirigente de 64 anos.

Esse passo reaviva as memórias da carreira de José Santos como futebolista; natural de Castelões, o antigo jogador mudou-se para o Rio de Janeiro em criança e regressou a Portugal aos 21 anos para estudar, no Porto. A terra natal chamou-o então para jogar em torneios de freguesias e, mais tarde, como federado, sempre no terceiro escalão distrital, onde trocou o ataque pelo eixo da defesa. “O futebol era mais agressivo e eu estava sempre magoado. Tinha a mania de ter a bola no pé. Antigamente, fazia-se a primeira e a segunda finta, mas a terceira já não”, conta.

Agora de fora das quatro linhas, o empresário apresenta um clube em que a “prata da casa” – a União de Freguesias de Arosa e Castelões, com 699 habitantes - se resume a quatro ou cinco jogadores. Os restantes provêm de freguesias vizinhas da Póvoa de Lanhoso ou de Gonça. Essa realidade traduz-se em oito a 10 jogadores garantidos para a próxima época, em que o treinador será Eduardo Moreira, antigo lateral direito do Guilhofrei, e o adjunto Bruno Silva, o até agora capitão do Clube Académico.

Ainda que possa “faltar qualidade”, o Castelões distingue-se pelo “carinho” dispensado aos jogadores e terá sempre “malta para o representar”, crê José Santos. E a AF Braga, pelo “outro conhecimento” que vai dar à terra, pode ligar mais as suas gentes ao clube. “Somos ambiciosos e queremos fazer algo em prol da freguesia. Se as coisas correrem bem, fico mais motivado para continuar. Não vejo porque não hão de correr”, perspetiva.

 

O sintético prometido

A instalação de um relvado sintético no campo de jogos é o próximo desígnio de um percurso com várias intervenções no currículo. Depois de acabar a carreira de jogador aos 29 anos, no Silvares, em Fafe, José Santos ausentou-se do futebol até 1996, ano em que aceitou liderar o Castelões; deparou-se então com um clube “derrotado”, onde não havia dinheiro e ninguém se entendia, onde os balneários tinham “más condições” e a luz escasseava.

A sua direção encarregou-se de colmatar essas lacunas, de erguer uma bancada e de aumentar as dimensões do recinto de jogo, para 96 por 54 metros, suficientes para o mais baixo escalão da AF Braga. Convencido de que a equipa poderá jogar no seu pelado em 2023/24, José Santos espera ver um tapete verde em Castelões em 2024. “Há cerca de um ano que temos projeto. “Segundo a Câmara Municipal de Guimarães, temos a promessa de que, para o ano, temos o relvado”, antecipa.

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