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João Baião queria o CCVF: “Elitismo bacoco?" “Não há preconceito…”

Bruno José Ferreira
Opinião \ sexta-feira, outubro 14, 2022
© Direitos reservados
Vânia Silva diz que a Câmara não deve segmentar a utilização do CCVF, falando em elitismo bacoco. Paulo Lopes Silva responde que "há espaços na cidade que podem e devem acolher estes espetáculos".

O espetáculo “Monólogo da Vacina”, protagonizado por João Baião, não vai passar por Guimarães e este foi um assunto debatido na reunião de câmara que se realizou esta quinta-feira, em Barco.

Vânia Dias da Silva questionou a Câmara Municipal de Guimarães sobre as razões que levam a que não seja permitido a João Baião desenvolver o espetáculo no Centro Cultural Vila Flor (CCVF), dizendo tratar-se de “elitismo bacoco”.

A vereadora da oposição lembrou que “este espetáculo tem batido records de bilheteira” na sua turné pelo país, pelo que considera que o seu veto no CCVF não é uma “segmentação justa”. “Não me parece que caiba a quem gere o equipamento decidir que o espetáculo não tem dignidade suficiente”, disse, lamentando que este espetáculo acabe por não passar pela nossa cidade, porque o produtor quer o CCVF como palco.

Em resposta, Paulo Lopes Silva, vereador com o pelouro do desporto, vincou que A Oficina tem a sua programação definida e que há em Guimarães outros espaços mais adequados para este espetáculo.

“Como disse, trata-se de um espetáculo que bate records de bilheteira, por isso o mercado o é capaz de responder a essa necessidade”, começou por dizer, explicando depois o seu ponto de vista: “Se temos uma sala em Guimarães com mais lotação, dedicada mais à vertente da comédia e do Stand Up, faz mais sentido que seja lá, mesmo sendo de domínio privado”, disse, reportando-se ao São Mamede.

O vereador sublinhou ainda que “da parte d’A Oficina as prioridades são explícitas”, reforçando que passam por “fazer chegar a Guimarães aquilo que por outra via não chega". Vânia Dias da Silva ainda ripostou que “trata-se apenas de arrendar um espaço” e de “cultura de gosto”, algo que no seu entender está errado.

Paulo Lopes Silva terminou dizendo que “não há preconceito com este ou outro qualquer espetáculo”, sustentando que “o aluguer não é feito porque há outro espaço privado na cidade que pode, e deve, acolher este evento”. “Não qualquer avaliação qualitativa sobre este ou outro qualquer espetáculo”.

O responsável máximo pela cultura em Guimarães, lamentou ainda aquilo que no seu entender é a falta de coerência da oposição nesta matéria. "Esperava alguma coerência com o que têm vindo a fazer ao longo dos anos. Uma crítica que temos ouvido é de canibalização de tudo, com a municipalização da oferta", atirou.

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