JSD de Guimarães aponta “perda de autenticidade” na Torre da Alfândega
A Torre da Alfândega, único exemplar de torre que sobrevive no traçado da antiga muralha medieval de Guimarães, apareceu com uma face renovada na terça-feira, circunstância que levou a Juventude Social Democrata a exprimir o seu desagrado no dia seguinte. A organização de jovens do PSD crê que a nova cara daquele edifício, alvo de um investimento de 1,5 milhões de euros para a sua requalificação, é “o desvirtuar de um dos maiores símbolos da cidade de Guimarães”.
A entidade presidida por André Ferreira crê que a requalificação da estrutura se fez com cimento entre as juntas, algo que, no seu entender, se traduz na perda de “parte de sua autenticidade e originalidade, contrastando com a beleza e a sensibilidade de seu valor histórico”. A JSD vê ainda “hipocrisia no zelo histórico do património”, após a Câmara Municipal ter recusado retirar das juntas da muralha o que considera plantas infestantes, face ao período de nidificação do andorinhão-preto.
A JSD vinca ainda que a escolha de luzes verde e rosa foi “recebida com perplexidade pelos vimaranenses, levando-os a sentirem-se “desrespeitados” perante um monumento de tal relevância. “Acreditamos que qualquer requalificação em monumentos históricos deve ser conduzida com extremo cuidado e consideração pela herança cultural que representam. Infelizmente, a intervenção na Torre da Alfândega parece ter sido feita sem o devido respeito à história que a estrutura carrega consigo e sem levar em conta a importância simbólica que possui para os cidadãos”, refere o comunicado emitido esta quarta-feira.
A organização pede ainda que a Câmara Municipal de Guimarães e o seu executivo “considerem as críticas da população e repensem a abordagem adotada nesta intervenção”. “Pedimos que a luzes verdes e rosa sejam retiradas e voltem as luzes brancas a fim de salvaguardar a identidade e a história da cidade”, lê-se.