Legislativas: pelo círculo de Braga, Chega e IL substituem BE e CDS-PP
O círculo de Braga vai continuar representado na Assembleia da República por quatro forças políticas, embora com duas alterações face à legislatura que durou de 2019 a 2021. Além do PS e do PSD, os dois maiores partidos portugueses, também o Chega e o Iniciativa Liberal representarão o distrito no parlamento.
Com a descida da abstenção de 40,17% para 36,31% entre 2019 e 2022, a votação do PS aumentou de 36,40% para 42,07%, face ao aumento de praticamente 38 mil votos. O PSD, encabeçado pelo vimaranense André Coelho Lima, ficou a uma distância de quase 36 mil votos dos socialistas, com uma percentagem de 34,78%, quando há três anos tinha ficado a 11 mil, mesmo com menor percentagem (34,08%). O alargamento do fosso entre os dois partidos ditou a supremacia do PS nos deputados eleitos: nove contra oito, quando há três anos tinha havido empate. Além de André Coelho Lima, os também vimaranenses Elisabete Matos e Luís Soares foram eleitos pelo PS.
As transformações mais vincadas aconteceram a seguir: em 2019, o BE foi o terceiro partido mais votado, com 8,88% (41.331), tendo elegido dois deputados, o CDS-PP o quarto, com 4,11% (19.127), e a CDU o quinto, com 3.96% (18.443).
Desta feita, o terceiro lugar coube ao Chega: depois de ter tido 428 votos há três anos (0,48%), o partido aumentou a votação 67 vezes e obteve uma percentagem de 5,82%. O cabeça de lista, Filipe Melo, foi eleito para o parlamento. A Iniciativa Liberal ficou no quarto lugar, com 21.429 votos (4,33%) e também elegeu: o cabeça de lista Rui Rocha também vai estar no parlamento.
Estes três deputados são ganhos à custa do Bloco de Esquerda, que elegera dois nas anteriores eleições, e do CDS-PP, que elegera Telmo Correia. Os bloquistas ficaram-se pelos 3,75% e a CDU, encabeçada pelo vimaranense Torcato Ribeiro, 2,63%. O CDS-PP caiu para os 1,66%, enquanto o PAN se ficou por 1,19% e o Livre pelos 0,79%.