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Da laranja mecânica à laranja espremida: Vitória empata no Algarve

Redação
Desporto \ sábado, fevereiro 17, 2024
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Uma entrada assertiva foi coroada com um golo aos 20 minutos, mas o desempenho da turma de Álvaro Pacheco piorou gradualmente, apesar das ocasiões que poderiam ter dado o triunfo a acabar.

Acompanhado por poucos, mas ruidosos adeptos, a darem eco dos muitos milhares que palpitavam à distância pela formação vestida de laranja, o Vitória assinou uma exibição em três atos que culminou num empate a um golo com o Portimonense. O resultado até se pode ajustar, mas está longe de refletir o desnível entre as equipas em certas fases do jogo. Se o emblema de Guimarães foi muito superior na fase inicial do encontro, os algarvios foram melhores entre o minuto 30 e o minuto 80.

Ambas as equipas viram esse ascendente recompensado, antes de uma fase final de suspense, com o perigo a rondar uma e outra baliza, mais a de Kosuke Nakamura. Tudo somado, o Vitória isolou-se no quarto lugar à condição, com 41 pontos, mas pode ver o rival e vizinho Sporting de Braga passar para a dianteira nessa luta, em caso de triunfo na receção à outra equipa do Algarve, o Farense, este domingo.

O primeiro capítulo do encontro teve 20 minutos e foi o melhor do Vitória em todo o desafio; mesmo sem Bruno Varela, Borevkovic, Tomás Händel e Jota Silva, elementos cruciais na manobra ofensiva, a equipa hoje vestida de laranja exibiu uma mecânica afinada e aprisionou a turma algarvia em torno da sua baliza. Sem as armas habituais na profundidade, os homens de Guimarães optaram por um futebol de passe curto, desenhado a régua e esquadro para confundir os posicionamentos adversários. A definição falhou por vezes, mas as ocasiões apareceram: André Silva falhou por centímetros a emenda a um grande lance coletivo do Vitória.

O ponta de lança retificou a pontaria aos 20 minutos, noutro lance em que o ataque vitoriano fez o que quis da defesa algarvia: João Mendes ganhou espaço na esquerda e atrasou para Ricardo Mangas, que falhou o remate. A bola sobrou ainda assim para o 10.º golo do brasileiro no campeonato, esse selado com um desvio oportuno. Pelo meio, o Vitória ainda se deparou com o susto da expulsão de Jorge Fernandes, após falta sobre Carlinhos, mas após consultar o videoárbitro, o juiz António Nobre reverteu a decisão para cartão amarelo.

A vantagem era o corolário natural da supremacia vitoriana, mas as engrenagens começaram a emperrar e a confiança também. Do lado alvinegro, o treinador Paulo Sérgio fez entrar Gonçalo Costa, e o extremo agitou o jogo, dando capacidade de progressão no terreno a um Portimonense até então amorfo. O Vitória perdeu conforto e critério na hora de ter a bola, e os anfitriões beneficiaram dessa quebra de rendimento para incomodarem Charles. Quando colocado à prova, o guardião brasileiro esteve bem. Assim foi na primeira parte, a cabeceamento de Hildeberto, a remate de Hélio Varela, e a uma bola surpresa de Gonçalo Costa, e na segunda, em resposta a cabeceamento de Filipe Relvas, aos 56 minutos. Pouco depois, o mesmo jogador viu Tomás Ribeiro negar-lhe o golo perto da linha de baliza.

Nesse momento, o Portimonense criava o suficiente para pelo menos empatar, frente a um Vitória que perdia a bola mal a ganhava. Desnorteada na hora de gerir a posse de bola e algo insuficiente nos duelos físicos, o Vitória parecia cada vez mais cansado e limitado a defender o resultado. Álvaro Pacheco ainda trocou André André por Zé Carlos e João Mendes por Nélson Oliveira, mas, quando deu os primeiros minutos a Kaio César e colocou Maga no lugar do desgastado Bruno Gaspar, já o duelo estava empatado. A insistência a partir da esquerda, Hélio Varela ganhou o espaço necessário para cruzar após várias simulações de finta sobre Bruno Gaspar e colocou a bola no segundo poste para o cabeceamento certeiro de Guga.

O jogo abriu-se a partir daí. O Portimonense manteve o ímpeto até então demonstrado, mas o Vitória recuperou a presença no ataque. Mesmo sem o brilho dos minutos iniciais, os comandados de Álvaro Pacheco desperdiçaram duas ocasiões flagrantes para o golo que daria os três pontos, por Nelson Oliveira e por Manu Silva, este no último lance do desafio, pouco depois de uma falta de Lucas Ventura sobre Nuno Santos ter valido um livre direto à entrada da área, depois ter sido inicialmente assinalado como grande penalidade.

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