Mais “eclético”, o Guimarães Clássico dá música a “diferentes públicos”
“É bom que venham cedo”. Está aí, a partir da próxima segunda-feira – dia 12 de agosto até sábado, dia 17 de agosto –, a 6.ª edição do Guimarães Clássico, o festival vimaranense de música clássica que se tem afirmado na programação cultural da cidade, cativando cada vez mais públicos.
“O ano passado ficámos muito surpreendidos com a adesão do público, mais nos concertos com orquestra, tínhamos filas muito grandes”, recorda Emanuel Salvador ao lançar um olhar sobre o que se pode esperar este ano. Se em 2023 se pode falar em “ano de afirmação”, o objetivo é fazer com que o festival seja "cada vez mais eclético".
Pelo segundo ano consecutivo com o apoio da DGARTES - Direção-Geral das Artes, este ano com um subsídio de 15 mil euros, o diretor do evento, assume a vontade de “chegar a vários tipos de público”, num pensamento que engloba a componente turística.
“A ideia é ter uma programação muito eclética, muito diversificada, para chegar a vários tipos de público. Sabemos que a vertente turística em Guimarães é importante nesta altura, quer vimaranenses quer turistas estão ávidos dos concertos do Guimarães Clássico, queremos dar vida aos excelentes espaços que temos em Guimarães, especialmente as igrejas”, dá conta Emanuel Salvador ao Jornal de Guimarães.
Um "concerto sem programa nem cadeiras" como proposta
Contando com seis concertos principais, um por dia, o Guimarães Clássico desdobra-se em masterclasses e outras iniciativas, sendo novidade este ano um simpósio de composição. O resultado deste simpósio será vertido no concerto de terça-feira, dia 13, com a apresentação de obras “completamente novas”.
“Demos oportunidade a compositores de todas as partes do mundo, num concurso aberto no qual foram escolhidos cinco compositores que vão estar em Guimarães. A ideia é ter o quarteto Quíron, um quarteto português que neste momento está a dar cartas, e vão estar residentes em Guimarães a trabalhar com o compositor maltês Karl Fiorini numa residência artística”, explica o diretor.
Outra das novidades é o Concerto Surpresa que terá lugar no dia 15 de agosto, nos Antigos Paços do Concelho. “Não há um programa, não há cadeiras, as pessoas vão simplesmente ser convidadas a vir, entrar nos antigos Paços do Concelho, podem sair e entrar quando quiserem; o programa será anunciado no dia, sendo muito diverso. Um concerto muito informal”, sugere o diretor, sendo de que de seguida terá lugar uma sessão de ginástica ao som de música clássica.
A entrada é livre em todos os concertos, sendo apenas necessário bilhete – também ele gratuito – para o concerto que terá lugar no Pequeno Auditório do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), a 14 de agosto. O CCVF é um dos novos palcos deste festival, que se tem alastrado pela cidade, tendo também este ano as igrejas da Misericórdia e Santo António dos Capuchos como pontos de difusão de música clássica.
PROGRAMA
Folhas de um diário não escrito
12 agosto | 21:30h - Basílica de São Pedro
Concerto final do Simpósio de Composição
13 agosto | 21:30h - Igreja de Santo António dos Capuchos
De Viena a Hamburgo: quintetos de Mozart e Brahms
14 agosto | 21:30h - Pequeno Auditório do Centro Cultural Vila Flor
Concerto surpresa e ginástica ao som de música clássica
15 agosto | 16:00h - 17:00h – Antigos Paços do Concelho
Viva Vivaldi
16 agosto | 21:30h - Igreja da Misericórdia
Grande Final - Serenata Noturna
17 agosto | 21:30h - Igreja de São Francisco