Maria Carlos: “Fizemos um trabalho excelente. O terceiro lugar prova isso”
“É uma grande sensação. Não cabe no peito”, desabafa Maria Carlos Marques, pouco depois de erguer a primeira Taça Federação do voleibol feminino do Vitória SC. A equipa de Hélder Andrade conquistou o troféu após um duelo titânico com o Benfica, o terceiro e decisivo jogo da final, que venceu por 3‐2, com um quinto set alucinante, de sucessivas voltas e reviravoltas até ao 17‐15 favorável às vimaranenses.
Líbero vitoriana entre as temporadas 2015/16 e 2017/18, no segundo escalão, e novamente desde 2021/22, a capitã admite que seria frustrante não erguer nenhum troféu depois de uma temporada em que o Vitória SC participou em todas as decisões – foi semifinalista da Taça de Portugal e do campeonato. “É claro que temos um grupo fantástico. Fizemos um trabalho excelente, e o terceiro lugar no campeonato prova isso. Foram distribuídos os troféus por três equipas diferentes. Pelo terceiro lugar, merecíamos ter ficado com o caneco”, lembra.
Maria Carlos Marques reconhece ainda que foi “difícil voltar a ligar os níveis de concentração”, após a clamorosa derrota no segundo set, em que as vitorianas venciam por 24‐20, antes de verem as lisboetas somarem seis pontos consecutivos. Nesse momento, “a bancada ajudou imenso”, relançando a equipa para uma partida que se decidiu nas emoções. “Estávamos a ver quem falhava menos. Começámos muito bem o jogo. Relaxámos um bocadinho no segundo set, à espera que aquilo se resolvesse. Depois é difícil voltar a ligar os níveis de concentração. Conseguimos. Foi nas emoções. Fomos mais fortes”, descreve.
A jogadora de 40 anos frisa ainda que ganhar um troféu pelo Vitória, em Guimarães, é algo especial. “É um orgulho enorme, só por esta massa adepta, só por aquilo que o clube representa numa cidade destas, que deveria ser um exemplo para todas as cidades do país com os seus clubes”, reitera.