Memória do Teatro Jordão está vertida num “Arquivo de Espetadores”
O estudo do património histórico e cultural do Teatro Jordão através das memórias de quem lá assistiu a espetáculos ou a filmes materializou-se em “Arquivo de Espetadores”, projeto de investigação colaborativa e de ciência cidadã, desenvolvido por Manuela Ferreira, que vai ser apresentado no Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, sexta-feira, a partir das 18h00.
Desenvolvido no âmbito das bolsas de investigação do IMPACTA, com o apoio da Câmara Municipal de Guimarães, a iniciativa propõe “um ponto de vista que reconhece o público como arquivo vivo, guardando e transmitindo a história do teatro e a sua relação com outras dimensões da cidade”, realça a nota da autarquia.
Com a exploração da “fruição artística para além do espaço físico do teatro”, o "Arquivo de Espectadores" pretende “abrir novas abordagens narrativas sobre a experiência cultural em Guimarães, cruzando-a com o contexto social e coletivo da cidade”, acrescenta a Câmara.
Inaugurado a 20 de novembro de 1938, por iniciativa do empresário Bernardino Jordão, o equipamento de traço moderno para a época, com uma sala que acolhia 1.200 espetadores, exibiu vários espetáculos de ópera e música, várias peças de teatro e várias sessões de cinema, antes de encerrar em 1993.
A Câmara adquiriu o imóvel à família Jordão em 2010, por 2,2 milhões de euros, e requalificou-o entre 2019 e 2022, mediante uma obra de 12 milhões de euros para acolher as licenciaturas em Teatro e em Artes Visuais da Universidade do Minho e o Conservatório de Guimarães, da Sociedade Musical de Guimarães. Evocativo da versão original, o renovado auditório abriu portas com 400 lugares.
