Grupo Casais investe 167 milhões de euros em centro de inovação em Azurém
As imediações do campus de Azurém da Universidade do Minho vão acolher o Minho Innovation and Technology Hub (MITH), projeto com a chancela do grupo de construção civil Casais, que tenciona “aliar tecnologia, inovação e sustentabilidade num ambiente colaborativo”, realça o comunicado enviado às redações.
Apresentado nesta quarta-feira, no primeiro edifício de construção híbrida da Península Ibérica, também em Azurém, que acolhe um hotel, habitação e, a partir do final deste mês, uma área que reúne café e espaços de trabalho colaborativo, o MITH será alvo de um investimento que pode atingir os 167 milhões de euros, adiantou o diretor executivo do Grupo Casais, António Carlos Rodrigues, ao Expresso.
O MITH vai emergir de um protocolo entre o Grupo Casais, a Universidade do Minho, a Câmara Municipal de Guimarães, a TecMinho e o SITIO, plataforma de trabalho colaborativo a funcionar em seis cidades portuguesas, que, em Guimarães, vai disponibilizar 2022 postos de trabalho, e quer afirmar-se como “centro nevrálgico do conhecimento e inovação em áreas como a engenharia, a sustentabilidade e a arquitetura” entre o Grande Porto e a Galiza.
O designado hub pretende promover uma interface entre as empresas, a academia e os institutos inseridos neste ambiente, sendo, por isso, um local propício à instalação de start-ups e de empresas que pretendam dinamizar a relação com a investigação, e vai dispor de ciclovias e espaços a pensar no futuro e no desenvolvimento sustentável, acrescenta o comunicado.
O MITH quer ainda ser um dos exemplos do modelo de construção híbrida em que a Casais já atua - conjugação de madeira e betão -, mais célere do que a exclusiva em betão e com menor pegada carbónica.
“Acreditamos que o setor da construção tem de ser mais sustentável. Por isso, estamos empenhados em demonstrar o potencial deste tipo de construção. Mas também sabemos que temos de estar constantemente a inovar, a procurar melhorar e em busca de novas soluções, porque é também uma exigência do consumidor. Por isso, não só construímos este hub, como estamos aqui inseridos, com os nossos colaboradores a poderem trabalhar a partir daqui, mas também queremos aprender e encontrar talento nas mais diversas aéreas – engenharia, arquitetura, tecnologia, inteligência artificial – que nos permita continuar a desenvolver e a cumprir esta nossa missão”, afirma António Carlos Rodrigues, citado pelo comunicado.