Moreirense espera “jogo difícil” com Casa Pia em era de mercado “enganoso”
Num mês em que a volatilidade das entradas e saídas regressa à ordem do dia, Rui Borges pede adeptos nas bancadas do Comendador Joaquim de Almeida Freitas para darem calor a uma noite de segunda-feira que se espera fria e ambiciona carimbar o regresso aos triunfos na Liga Portugal Betclic, frente a um adversário coeso a defender a perigoso a atacar, em parte devido ao perfil atlético dos seus dianteiros, fortes a atacar a profundidade.
“Vamos encontrar uma equipa com muita qualidade individual, com dinâmicas novas. Tem muito jogo interior, muita mobilidade, avançados muito fortes no ataque à profundidade nos duelos. São avançados atleticamente fortes. É uma equipa equilibrada e com muita qualidade individual”, realçou, na antevisão ao jogo de encerramento da 16.ª jornada do campeonato.
Ciente de que os gansos são ainda uma “equipa muito coesa em termos defensivos com pouco espaço entre linhas”, o timoneiro dos cónegos pede ainda “comprometimento e seriedade” na abordagem às perdas de bola e, acima de tudo, equilíbrio e competência.
“O Moreirense quer ser a equipa que tem sido: competente em todos os momentos do jogo e equilibrada. Temos de ter bola e de ser dominantes. Quando não formos, tem de ser por mérito do adversário. Queremos ser uma equipa comprometida, bastante intensa, dentro do que somos no processo defensivo. A equipa tem de ter o mesmo espírito, a mesma coragem e a mesma ambição que tem tido”, sublinhou.
Agradado com os 10 jogos seguidos sem derrotas numa “primeira volta muito competente”, que explica com o equilíbrio no seio do grupo e com o trabalho diário da sua equipa técnica, o timoneiro cónego avisa que, na segunda metade do campeonato, “os pontos vão custar o triplo” e que o mercado dificilmente contribuirá para as equipas ficarem melhor.
“O mercado de janeiro é um bocadinho enganoso. Não é um mercado muito bom para melhorarmos os resultados ou a dinâmica da equipa. No mercado interno, dificilmente vamos buscar alguém. No mercado externo, é precisa adaptação. Estamos numa fase em que o futebol brasileiro está de férias”, disse.
Rui Borges confirmou que Wallisson deixou o Moreirense e voltou ao Brasil por motivos familiares e que não gostaria de ver sair André Luís, jogador associado a uma transferência na janela em curso. “Era o jogador que menos queria que saísse, porque tem dado muito à equipa e tem sido o nosso líder. Vamos ter outro jogador que vai dar coisas diferentes à equipa”, disse, acerca do ponta de lança com sete golos e uma assistência.
