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Ai, coração: a consagração do Moreirense com direito a reviravolta

Raquel Veiga
Desporto \ domingo, maio 14, 2023
© Direitos reservados
O Leixões tentou estragar a festa do campeão Moreirense, mas não conseguiu. O jogo da consagração foi o espelho do último ano: cónegos sofreram primeiro e sorriram depois. 4-2 foi o resultado final.

“Para já, vamos festejar”. Foi assim que Paulo Alves contornou, na conferência de imprensa após o jogo que consagrou o Moreirense FC como campeão da presente edição da Segunda Liga, a questão sobre se continua ou não ao leme dos destinos axadrezados na próxima temporada. E hoje não houve qualquer resistência às palavras do mister: fez-se a festa com o Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas pintado com o verde da esperança e o branco da pureza. Foi o regresso a casa da turma que carimbou a subida dos moreirenses ao mais elevado patamar do futebol português depois de uma época relegado aos palcos secundários.

A festa estava pronta desde cedo e até adiou, por uns minutos, o apito inicial. Sob o olhar atento de figuras de relevo – Pedro Proença, presidente da Liga, esteve sentado ao lado de Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães; de Vítor Magalhães, presidente do Moreirense FC; e de Manuel Machado, presidente da AF Braga –, os jogadores do Leixões SC formaram o corredor para dar a honra aos campeões e, entre cânticos e palmas, os comandados de Paulo Alves subiram ao relvado em Moreira de Cónegos.

 

A reviravolta: Moreirense evitou primeira derrota em casa da temporada

Com o troféu de campeão assegurado e a garantia de que o futuro do clube axadrezado se vai fazer no primeiro escalão, Paulo Alves quis usar a 32.ª jornada da Liga Portugal SABSEG para dar oportunidades a quem menos minutos somou ao longo da temporada. Ricardo Silva, na baliza, foi a grande novidade. O guarda-redes somou os primeiros com a camisola do Moreirense. E o jogo da consagração até pode servir de espelho ao último ano do Moreirense, que primeiro sofreu, com a descida ao segundo escalão, e depois sorriu.

O jogo começou sem urgência alguma em Moreira de Cónegos e foi preciso esperar 15 minutos para que a partida tivesse os condimentos que a ocasião pedia. A primeira oportunidade pertenceu ao Moreirense: Platiny fez tudo – até tirou o guarda-redes do caminho – só para ver Walterson Silva desperdiçar um golo que parecia garantido. O Leixões respondeu na mesma moeda, mas o nulo manteve-se até ao intervalo. As oportunidades foram escassas e ao intervalo faltavam os golos.

No regresso dos balneários, Ricardo Valente quis desatar o nó e, em dois minutos, fez tudo para estragar a festa axadrezada. Assistido por Adriano Amorim nas duas ocasiões, o ex-vitoriano não hesitou em frente à baliza. No entanto, o campeão não quis deixar a festa em mãos alheias e também não quis, já quase a cortar a meta, somar a primeira derrota do campeonato no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas. Pouco depois do minuto 70, Platiny foi derrubado na área e o árbitro da partida não teve dúvidas ao apontar para a marca dos 11 metros. Foi da marca de grande penalidade que André Luís deu início à reviravolta.

Depois foi a hora de Pedro Aparício assinar um bis e alterar a ordem do marcador. O cónego empatou aos 78’, pôs o Moreirense na frente do marcador aos 82’ e deixou os visitantes sem capacidade de reação. A equipa que entrou bem na segunda metade do jogo deu lugar a um conjunto de jogadores nervosos e incapazes de encontrar soluções. Nas bancadas, os adeptos já festejavam com fulgor o triunfo quando Kodisang – que entrou na partida para render Walterson Silva – fechou o marcador aos 90’+3.

Com cabelos pintados, os jogadores do Moreirense percorreram o relvado do Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas para festejar com os adeptos. Paulo Alves, o timoneiro, foi saudado e aplaudido pelos adeptos. Quando a festa parecia estragada, o Moreirense, pequenino e valente, reergueu-se para dar mais uma alegria a Moreira de Cónegos: está de regresso aos palcos onde jogam os maiores. E, pelo caminho, foi campeão.

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