Vitória lamenta “estranho tratamento discriminatório” face a Moreno
A Assembleia-Geral da Liga aprovou, na segunda-feira à noite, uma norma que permite a qualquer treinador inscrito no curso Nível IV e que tenha uma subida de divisão no currículo ser considerado técnico principal na temporada 2023/24; Filipe Martins, do Casa Pia, e Luís Freire, do Rio Ave, enquadram-se nessa norma. O Vitória SC, que até votou a favor, mostra-se, porém, indignado por ver Moreno afastado dessa condição pelo simples facto de não ter alcançado nenhuma subida de divisão até agora.
O clube diz-se “profundamente indignado com a falta de sensibilidade” da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF), quando Moreno se encontra “numa situação em tudo semelhante, estando igualmente inscrito e já a frequentar o curso nível IV”, ainda para mais com um já selado apuramento europeu para a temporada 2023/24.
“No entanto, à luz do regulamento já aprovado para 2023/24 e pelo simples facto de não ter ficado associado à subida de divisão de uma equipa, como se isso fosse mais importante do que estar ao comando do Vitória SC, um dos principais clubes portugueses, com mais presenças no escalão máximo, com grande historial nacional e internacional e que vai representar Portugal, pela segunda época consecutiva, numa prova da UEFA, Moreno fica de parte”, lê-se no comunicado vitoriano.
Moreno, recorda o emblema preto e branco, trabalhou “com treinadores de grande valia”, “nunca deixou de estar ligado ao futebol depois de ter terminado a carreira de jogador profissional” e lançou vários jovens internacionais portugueses entre as temporadas 2020/21 e 2022/23, na primeira e segunda equipas vitorianas - Celton Biai, Tomás Handel, Zé Carlos, Dani Silva, André Almeida, André Amaro, Maga, Afonso Freitas e Hélder Sá.
“Mais uma vez, o Vitória SC regista e lamenta este estranho tratamento discriminatório dos órgãos que gerem o futebol português e não vai desistir de denunciar e de se bater contra este tipo de injustiças na esperança de que impere, de vez, o bom-senso. Seremos, de resto, sempre a favor da aprovação de normas que facilitem a vida aos profissionais de futebol, nomeadamente aos treinadores portugueses”, frisa o comunicado.