Muralha de Guimarães: ameias e merlões vão ser alvo de estabilização
Os contornos superiores das fortificações da muralha – ameias e merlões, na linguagem da arquitetura militar -, vão receber obras de estabilização. A intervenção foi adjudicada à empresa Augusto de Oliveira Ferreira, sediada em Palmeira (Braga), a 14 de junho, e o contrato, disponível no portal de contratos públicos Base, assinado a 13 de julho.
Orçada em pouco mais de 38 mil euros, a obra tem uma duração prevista de três meses a partir da “conclusão da consignação total”, da “primeira consignação parcial” ou da data em que a Câmara Municipal comunique à empresa responsável pela obra “a aprovação do Plano de Segurança e Saúde, nos termos da legislação aplicável”, lê-se no contrato.
Segundo a memória descritiva, a obra contempla o “desmonte e posterior assentamento” dos merlões – são as extremidades pontiagudas separadas pelas ameias -, a “reparação pontual de paramentos em pedra da base da muralha” e ainda os trabalhos de acompanhamento arqueológico, que serão compilados num relatório final.
O troço da cerca medieval vimaranense que ainda resiste está fruível à população desde 30 de junho de 2019, quando foi inaugurado o adarve paralelo à muralha.
Esta obra vai-se realizar depois do Castelo de Guimarães, sob a alçada da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) já tinha recebido obras de restauro no primeiro trimestre do ano, altura em que estava fechado devido ao confinamento geral; o Monumento Nacional acolheu a reabilitação do soalho de pinho na torre de menagem, a renovação da cobertura do torreão sul, com a substituição de telhas partidas, e o restauro das portas da muralha e das torres, numa intervenção que custou cerca de 20 mil euros.
Juntamente com o Paço dos Duques de Bragança e o Museu de Alberto Sampaio, o castelo está na lista dos 46 museus, monumentos e palácios nacionais que vão receber investimento do Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027 da União Europeia, determinou uma resolução aprovada pelo Governo há pouco mais de três meses.
* Correção às 16h45: O Jornal de Guimarães noticiou erradamente que as muralhas do Castelo de Guimarães iam ser alvo de estabilização. A empreitada diz respeito à muralha que ladeia o centro histórico.