No feriado, CCVF recebe “Tumor”, espetáculo solidário com CERCIGUI
Com direção artística de Bruno Costa e composição musical de Pedro Lima, “Tumor” é um espetáculo que se debate com “sinais discretos de metástase” num “corpo outrora saudável”, com “pequenas células alteradas” - silenciosas, persistentes – que se instalam nos tecidos vitais, “infiltrando-se sob a aparência da normalidade”.
Esta metáfora oncológica para o estado da sociedade e da política contemporâneas norteia uma criação que se apresenta no palco do Grande Auditório Francisca Abreu, no Centro Cultural Vila Flor (CCVF), na segunda-feira, feriado de 8 de dezembro, a partir das 17h00. Ao longo de 75 minutos, o espetáculo cruza música, teatro, artes visuais e multimédia, tendo como protagonistas a Banda Musical de Fajões, de Oliveira de Azeméis, e um coletivo de atores – Cátia Ferreira, Diogo Dias, Joana Linhas, João Amorim e Paula Castro.
O espetáculo também se identifica como uma celebração do 25 de Abril: não “como efeméride encerrada”, mas como “um sistema imunitário ativo”, em alerta, perante “novos autoritarismos - camuflados, adaptáveis, metastizados”.
“É um processo de aprendizagem inclusivo, de construção coletiva, de partilha intergeracional e intercultural, de liberdade de expressão, de desmistificação da existência de superioridade racial entre povos, de desenvolvimento pessoal e societal, que promoverá os valores de Abril”, refere a nota de apresentação.
Apoiado pela Direção-Geral das Artes, pela Fundação INATEL e pelos municípios de Guimarães e de Oliveira de Azeméis, “Tumor” também se afirma como “poderoso grito artístico contra o silêncio, a indiferença e a exclusão social”. Parte da receita do espetáculo reverte para a CERCIGUI, instituição fundada em 1977 que trabalha no apoio às pessoas com deficiência. O custo unitário dos bilhetes é de 7,5 euros.