O Natal ainda mexe em Guimarães: "Foi dinheiro atirado pela janela"
A coligação Juntos por Guimarães fez duras críticas à programação da Guimarães, Cidade Natal e diz mesmo que o dinheiro investido foi "atirado pela janela". O vereador Hugo Ribeiro acenou com "falta de dinamismo" e desaprovou a mudança das celebrações de passagem de ano para o Dia de Reis.
"Guimarães, Cidade Natal foi muito fraquinha. Deveríamos ter feito mais com o dinheiro que tínhamos. Foi uma perda para todos os vimaranenses e para o comércio tradicional", vincou o social democrata. Para Hugo Ribeiro, a festa de passagem de ano no Dia de Reis foi "insólito" e pediu explicações: "Não conseguiram identificar um local onde pudesse ser feita?"
Faltou ainda, na ótica do vereador da oposição, movimento nas ruas e mais ligação entre entretenimento e comércio tradicional. Por isso, perguntou por uma avaliação do município à Cidade Natal.
E foi feita. "Não com base em achismos", respondeu Paulo Lopes Silva. O socialista argumentou que este terá sido um Natal "incomparável" e que Guimarães começa a afirmar-se como "uma cidade a visitar no Natal". "Não estamos no ponto em que gostaríamos de estar, estamos num caminho, numa evolução", reforçou. O vereador com a pasta do turismo lembrou que os 300 mil euros inicialmente destinados -- o valor total gasto ficou aquém desse número, pontuou -- englobaram iluminação natalícia em todo o concelho e concertos. "Deitar abaixo esta estratégia é não prestar um bom serviço a estas dinâmicas que implantamos", assinalou.
Quanto à passagem da festa de passagem de ano para o Dia de Reis, Paulo Lopes Silva afastou críticas de "falta de criatividade"; foi, ao invés, uma "decisão responsável", face às condições adversas que provocaram estragos no concelho. "Milhares de pessoas, em carros, a deslocarem-se para uma noite de passagem de ano não era irresponsável. Encontramos uma solução para não perder o investimento."
Proximcity é para continuar
A oposição procurou saber ainda o ponto de situação quanto à aplicação Proximcity, uma espécie de quiosque digital que facilitaria o contacto entre comerciantes e clientes. "Era importante saber quantos comerciantes têm conta ativa, qual foi o volume de negócio no último ano, quantas transações foram feitas no mesmo ano, quantas descargas, o valor de vouchers, montante descontado, quanto vai ser gasto para manter a app", instou Hugo Ribeiro.
O executivo socialista vincou que a aplicação é "central" na estratégia dos bairros comerciais digitais, projeto que almeja captar fundos do PRR.Paulo Lopes Silva argumentou que o sucesso da aplicação está também na dinâmica que os comerciantes nela incutirem.