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Guimarães "continua à espera do autocarro", diz Bruno Fernandes

Pedro C. Esteves
Ambiente \ segunda-feira, abril 19, 2021
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Com o anúncio da chegada do BRT a Braga, PSD diz que o concelho vizinho "vai para outra geração". Bragança lembra que há um trabalho contínuo a ser feito: “Queremos mais, não queremos só o BRT”,

Como vai Guimarães beneficiar do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do quadro comunitário de investimentos? A pergunta foi lançada pelo vereador Bruno Fernandes, na reunião de câmara desta segunda-feira. No entender do social-democrata, há “perspetiva de oportunidades” que o município deve aproveitar e deu como exemplo a mobilidade. O vereador da oposição lembrou o projeto BRT (Bus Rapid Transit) – modo rápido de transporte – a ser implantado em Braga. “E porquê Braga?”, questionou. “Porque Braga tem uma rede de transporte públicos seletivos a funcionar há muitos anos de forma eficiente, com mais de 25 autocarros elétricos ou a gás”, respondeu. Por seu turno, Domingos Bragança lembrou a capacidade do concelho de captar investimento europeu – “não se compara ao Quadrilátero ou à CIM do Ave, coo-lideramos com outros município a nível nacional”, vincou

O vereador social-democrata trouxe à tona o tema ainda antes da ordem do dia e mencionou que “há muitos municípios a fazer lobby construtivo junto do governo para que possam ser inseridos nos benefícios na área da mobilidade”, mas não vê Guimarães a fazer o mesmo. A ideia foi complementada em declarações aos jornalistas, no final da discussão camarária. “Já houve discussão do PRR e não vemos novidades para Guimarães. O autarca de Braga foi mais diligente do que a Câmara Municipal de Guimarães. A questão do BRT é um problema de Guimarães, foi até várias vezes anunciado como um projeto conjunto e quando o Governo anuncia diz que é apenas para o concelho de Braga”, salientou. “Fica claro que não estamos a fazer bem o trabalho de casa.”

O BRT chega a Braga no âmbito do Portugal 2030 e trata-se, segundo o Eixo Atlâtico, de “um sistema de transportes público de alto nível e qualidade que funcionará com veículos rodoviários de passageiros em canal dedicado, ao longo de quinze quilómetros, com prioridade nos cruzamentos”

O vereador social-democrata referiu ainda que os concelhos não são equiparáveis neste momento, já que “Braga vai para outra geração de transportes públicos, com as vias dedicadas” e Guimarães nem sequer “tem os autocarros.” “A questão da mobilidade nunca foi prioridade para o Partido Socialista. Estamos à espera do autocarro”, rematou.

Na resposta, o presidente da CMG, acenou com “dois grandes projetos” como exemplo de captação de investimento comunitário: a via do Avepark e o centro de computação a ser instalado no parque tecnológico. Na questão da mobilidade, há planos para a via dedicada aos autocarros ea ligação por eixo ferroviário à futura estação de alta velocidade.” Segundo o socialista, há um trabalho contínuo com o Governo e com os ministérios das infraestruturas e ambiente. “Queremos mais, não queremos só o BRT”, adiu.

Vitrus entra na equação

Um dos pontos em discussão na reunião de vereação foi a alteração dos estatutos da empresa Vitrus, que pode ser dotada de competências no domínio do transporte flexível de passageiros. A mutação vai permitir que a CMG tenha uma empresa de prestação de serviços de transporte. Algo “que permite também candidaturas diretas à aquisição de viaturas elétricas”, por exemplo. “Só as empresas de transporte, não as câmara, podem concorrer à aquisição destes veículos”, lembrou Domingos Bragança. O município espera que a entrada em funcionamento do transporte flexível coincida com a entrada do novo concessionário.

Por seu turno, Bruno Fernandes desvalorizou a questão: “Estamos a seis meses a fim do mandato. Ao fim de dois mandatos deste executivo, ainda estamos a discutir competências?”. “Queremos é os autocarros na rua. Estamos a ficar para trás”, atirou.

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