Os 900 anos da Batalha de São Mamede vão chegar a todas as freguesias
Guimarães vai celebrar os 900 anos da Batalha de São Mamede, em 2028, com intervenções de arte pública em todas as freguesias do concelho. O objetivo é unir todo o território na comemoração da efeméride. Para isso, o município está a preparar uma estrutura de missão para levar o projeto a bom porto e designou uma comissão artística que vai ser presidida por Paulo Lopes Silva.
Envolver todas as freguesias do concelho e a comunidade escolar é um dos desígnios da iniciativa que quer ser mais do que uma rememorarão do 24 de junho de 1128. “É importante que a comemoração não se fixe apenas no 24 de junho, mas no contributo que este território deu nestes 900 anos, tudo aquilo que Guimarães fez pelo país, nomeadamente o contributo têxtil”, assinalou Paulo Lopes Silva.
A vereação, na última reunião de câmara, deu luz verde ao vereador da cultura para presidir a Comissão Artística que vai avaliar as intervenções. Este órgão vai “colaborar com o município e com as freguesias na seleção dos factos e figuras a retratar nas diferentes autarquias, bem como na expressão artística de que as mesmas se poderão revestir”. O município convida a intervenções em torno da Indústria, de Raul Brandão ou da ocupação prévia à nacionalidade das citânias e castros do Concelho, por exemplo.
“O objetivo passa pela concretização de obras que assinalem a efeméride de forma indelével na Cidade e, paralelamente, desenvolver com as comunidades de todas as freguesias do concelho intervenções de arte pública em cada território, celebrando a construção do país que emergiu daquele acontecimento fundador”, lê-se no texto que foi a votação.
Esta ideia de ter um momento evocativo da batalha a chegar a todo o território na forma de uma rede de arte pública foi bem acolhida pela oposição, contudo, Ricardo Araújo, vereador eleito pela coligação Juntos por Guimarães, sugeriu que a Câmara Municipal deveria apresentar em reunião a composição de todas as comissões – serão três. “Começar pela comissão artística quando falta a cientifica não faz sentido: uma está ligada com a outra”, reparou.
Integram a comissão artística Isabel Fernandes, diretora do Paço dos Duques de Bragança e do Museu de Alberto Sampaio; Jorge Correia, professor associado e vice-presidente da Escola de Arquitetura da Universidade do Minho (UMinho); Marta Mestre, diretora artística do Centro Internacional das Artes José de Guimarães; Susana Gaudêncio, professora adjunta da Escola de Arte e Design da UMinho; Ricardo Areias, Presidente do CAAA - Centro para os Assuntos da Arte e Arquitetura; e Helena Pires, professora associada do departamento de Ciências da Comunicação do Instituto de Ciências Sociais da UMinho.