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Parque Industrial de Selho São Lourenço terá um “grande crescimento”

Bruno José Ferreira
Política \ sexta-feira, janeiro 26, 2024
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Entre uma "reflexão" sobre o desemprego e o PDM, oposição questionou a câmara sobre a atratividade concelhia para a instalação de empresas. Bragança diz que está a ser feito "trabalho de formiga".

O Parque Industrial situado a meias entre as freguesias de Selho São Lourenço e Pencelo vai ser alvo de um “grande crescimento”, adiantou esta quinta-feira Domingos Bragança, à margem da reunião de câmara. Este será um dos locais de instalação industrial no concelho de acordo com o novo PDM.

A revelação foi feita pelo presidente de câmara ao ser confrontado pela oposição quer relativamente ao PDM quer no que diz respeito aos números do desemprego. Bragança referiu que há terreno em Guimarães, mas a preços especulativos, apontando o parque de São Lourenço de Selho como um dos que será beneficiado, assim como o de São Torcato, estando prevista uma ligação entre os dois parques.

“Temos os projetos praticamente prontos, vamos candidatar a fundos europeus, mas não for aprovado amos avançar na mesma. Conto lançar a concurso este ano. O PDM tem propostas para aumentar consideravelmente a sua área e as infraestruturas circundantes terão em conta esse grande crescimento”, disse Domingos Bragança, acrescentando que, por exemplo o Parque da Gandra, em Barco, precisa de ser reordenado e de ter melhores acessibilidades.

“O que se fez em Santo Tirso é impossível fazer em Guimarães”

Esta discussão surgiu quando Bruno Fernandes deu o exemplo de Santo Tirso relativamente às suas condições de instalação de empresas. “Vou a Santo Tirso, não a Braga nem a Famalicão. Da saída da autoestrada ao parque industrial demorei um minuto. Em Guimarães faz-se estudos, debate-se, mas não se sai dos projetos. Temos este problema há décadas”, disse o vereador.

“Temos que criar condições para que as empresas se instalem em Guimarães, não podemos meter a cabeça debaixo da areia”, atirou. Domingos Bragança respondeu que “o que fez santo Tirso é impossível fazer em Guimarães”. “Caía o Carmo e a Trindade”, disse.

“Se a Via do Avepark está com a dificuldade que está, então fazer o que que se fez em Santo Tirso seria impensável: Nem nós, nem as pessoas de Guimarães aceitavam, seria impossível desbravar e fazer plataformas”, sustentou o presidente da câmara.

Números do desemprego levam oposição a pedir “reflexão”

De resto, o vereador eleito pela Coligação Juntos por Guimarães apelou a uma “reflexão” relativa aos números do desemprego. “Os indicadores que pudemos ver é que Guimarães está no top 5 dos concelhos em que o desemprego mais cresceu e no top 5 dos concelhos onde há mais inscritos”, disse, questionando “o que é que o município tem feito para contribuir para uma realidade económica robusta, com saúde, proporcionando as melhores condições a quem nos procura, com um ambiente fiscal atrativa?”.

O presidente da Câmara Municipal de Guimarães sustentou que “é necessário passar os setores tradicionais, o têxtil, a metalomecânica ou o calçado para empresas de base tecnológica”, num “trabalho transversal em que a ciência é fundamental”.

“É isso que temos feito, um trabalho de formiga que não se vê de um dia para o outro. Tenho reunido com grandes empresas mundiais, discutido, com as universidades”, atirou o líder máximo do município, Domingos Bragança.

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