Membro da companhia de teatro ATRAMA, Patrício Torres vence prémio
O texto dramatúrgico “Não Vos Arrancarei A Língua Momentos Há Em Que As Palavras Nos Abandonam” valeu a Patrício Torres, membro e sócio fundador da companhia ATRAMA, sediada nas Taipas desde 2017, o Grande Prémio de Teatro Português 2023, promovido pela Sociedade Portuguesa de Autores e pelo Teatro Aberto.
O prémio foi atribuído a 22 de maio pelo júri composto por Vera San Payo de Lemos, Francisco Pestana, Patrícia André, Isabel Medina, Tiago Torres da Silva, Rui Mendes e João Lourenço, que o presidiu.
Patrício Torres escreveu todas as peças originais até agora exibidas pela ATRAMA: “O Maior Castigo”, baseado numa peça perdida de Raul Brandão, “Loja de Trabalho Para Profissionais Do Espetáculo: Teatro”, “A Estação” e “Crónicas de um Homem Mau”, peça estreada a 22 de outubro de 2022, na Mostra de Amadores de Teatro de Guimarães, e agora em digressão. Também correalizou e produziu a curta-metragem “As Canseiras Desta Vida”, na edição de 2017 do “Sons da Liberdade”, espetáculo protagonizado pela Banda Musical de Pevidém, sempre a 24 de abril.
O currículo do autor inclui ainda a vitória no concurso Curtas Fantásticas, promovido em parceria pela TMN e o Fantasporto, pelo seu vídeo “O Rapaz Assustado” filmado com telemóvel, também premiado com o Made on Mobile do European Independent Film Festival, em Paris.
O Grande Prémio de Teatro Português promovido pela Sociedade Portuguesa de Autores e o Teatro Aberto surge da vontade de divulgar a dramaturgia portuguesa contemporânea e destina-se a galardoar, em cada ano civil, uma peça inédita de um autor português, lê-se no comunicado da ATRAMA. “Este prémio, considerado um dos mais importantes atribuído em Portugal e na Europa, concede o autor da obra vencedora, para além de um valor pecuniário, a possibilidade de ver a sua peça editada em livro e estreada numa produção do Teatro Aberto”, acrescenta.
Já a ATRAMA afirma-se como “uma companhia que reflete sobre a arte, a sociedade e a existência e o seu teatro, de reportório próprio, de confronto, liberdade e pensamento”, sempre tendo o palco como “compromisso”.