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Paulinho Cascavel enaltece “ótima época” do Vitória e crê em algo mais

Tiago Mendes Dias
Desporto \ terça-feira, janeiro 16, 2024
© Direitos reservados
Com a oportunidade de assistir ao vivo a três triunfos caseiros da sua antiga equipa, o histórico goleador elogia o “ambiente muito bom” que sentiu no plantel e acredita numa luta pelo quarto lugar.

Rosto familiar para inúmeros vimaranenses, como se vê nas receções de que é alvo quando visita a cidade-berço, Paulinho Cascavel apadrinhou, nesta terça-feira, a apresentação de uma nova tinta de uma empresa vimaranense, uma síntese de branco, preto e amarelo, precisamente intitulada “Paulinho Cascavel”; 5% da receita com as vendas dos 3.600 baldes disponíveis no mercado reverte para a Associação de Paralisia Cerebral de Guimarães (APCG).

Prestes a regressar ao Brasil, o antigo goleador teve, pelo meio, tempo para lançar um olhar risonho sobre a atualidade vitoriana. Habituado a acompanhar os resultados à distância, Paulinho teve tempo para assistir ao vivo a três jogos do emblema preto e branco no último mês; três triunfos, por sinal. “Acabei por dar um pouco de sorte”, reitera.

Apesar das sucessivas trocas no comando técnico – o Vitória já foi orientado por quatro treinadores no presente campeonato -, o brasileiro de 64 anos crê que o plantel é “muito bem comandado” por Álvaro Pacheco e vive “um ambiente muito bom”, conforme sentiu na visita ao plantel, em meados de dezembro. Os 33 pontos em 17 jornadas constituem, a seu ver, uma “ótima época”. “O Vitória tem feito uma ótima época, apesar de, no começo, ter tido aquelas trocas de treinadores. Isso poderia fazer parecer que as coisas não iam andar bem, mas felizmente as coisas têm andado bem. O quinto lugar, com os mesmos pontos do Braga, quarto, é uma posição muito confortável e merecida”, reitera.

 

“As pessoas estão a começar a ter aquela motivação”

Ciente da importância de vitórias como a conquistada sobre o Rio Ave – “o jogo foi menos bom, mas a equipa conseguiu o resultado -, o antigo ponta de lança julga que a recente sequência de resultados começa a despertar nos jogadores e nos adeptos uma motivação semelhante às das épocas 1985/86, quando o Vitória foi quarto classificado, e 1986/87, quando os homens de Guimarães foram terceiros e atingiram os quartos de final da Taça UEFA.

“Sabemos que, quando as coisas começam a correr bem, começa a gerar-se aquela loucura. O pessoal está a começar a ter aquela motivação. Vejo realmente que as pessoas estão a começar a ter aquela motivação e aquela mística do meu tempo”, recorda.

A lenda vitoriana, que também jogou, em Portugal, pelo FC Porto, pelo Sporting e pelo Gil Vicente, acredita então que o Vitória pode lutar, no mínimo, pelo quarto lugar. “O nosso campeonato é lutar pelo quarto lugar. O Sporting de Braga está bem estruturado e tem uma equipa muito forte, que se pode bater de igual para igual com todos os plantéis, no papel. O quinto lugar tem de ser garantido. Espero que lute pelo quarto ou até pelo terceiro”, descreve.

Neste momento, o principal herdeiro da sua memória é André Silva, habitual titular no eixo ofensivo vitoriano. Para o brasileiro de 64 anos, o seu compatriota é um bom ponta de lança, não só pelos oito golos que contabiliza na presente temporada. “É um jogador que sai muito para jogar [com a equipa], vai ajudar mais atrás e tem um pé esquerdo muito bom. Os pontas de lança têm fases: há alturas em que jogam muito bem e não fazem golos e outras em que fazem um jogo péssimo e marcam um golo. É um bom ponta de lança”, defendeu.

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