Preço-base dita falta de concorrentes para os fornos da Cruz de Pedra
Domingos Bragança emitiu, na passada terça-feira, 16 de Março, um despacho a reconhecer a “não adjudicação da empreitada de reabilitação dos fornos da Cruz de Pedra”. A razão é simples: o concurso ficou deserto. Os possíveis concorrentes acharam o preço-base – valor máximo que uma entidade construtora pode exigir pela obra – demasiado alto, reconheceu o presidente da câmara, na reunião quinzenal decorrida nesta segunda-feira. “Ninguém aceitou o preço-base. Temos uma dezena de procedimentos assim. O que se tem de fazer é uma revisão dos preços”, disse.
Na expetativa de resolver o contratempo o quanto antes, o autarca prometeu lançar o novo concurso já na terça-feira, com o preço-base revisto em alta para se assegurar concorrentes. Essa subida de preços, prosseguiu Bragança, “veio para ficar”, já que as construtoras precisam de pagar cada vez mais por mão de obra especializada. “Nos concursos para reabilitação, tenho visto muita dificuldade dos empreiteiros em responderem aos preços-base pedidos pela câmara municipal. Falta mão de obra especializada para edifícios e, para a terem, precisam de pagar mais”, argumentou.
A promessa de celeridade vai ao encontro da pretensão de rapidez expressa pelo PSD. “Ficámos surpreendidos com este atraso significativo num processo já longo. Vimos a defender há alguns anos este projeto. Passados quatro anos, nada aconteceu na execução da obra”, frisou Ricardo Araújo. Para o vereador, é essencial que a autarquia “lance muito rapidamente novo procedimento concursal para a execução desta obra”.
Certo é que a obra não estará concluída antes do fim do ano, assumiu Bragança. À boleia do tema, o presidente da câmara adiantou que o concurso para o escola-hotel do IPCA na quinta do Costeado pode ser lançado em maio.