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Previsões de tempo ditam Manta “indoor”. Mas Oficina crê que é a data certa

Tiago Mendes Dias
Cultura \ quarta-feira, setembro 07, 2022
© Direitos reservados
Apesar do festival marcado para o fim de semana decorrer nos auditórios ao invés dos jardins, cooperativa vê evento como “ritual” de abertura da época cultural, pelo que não faz sentido mudar a data.

O Manta está de volta na sexta-feira e no sábado, mas sem o cenário que lhe costuma dar vida e o conceito que lhe deu o nome. Criado em 2006, sob a ideia de se assistir a um concerto de manta estendida no jardim, o festival escapa, desta vez, às restrições de saúde pública, mas não às restrições de espaço.

Fruto das previsões de chuva, o evento de abertura de mais uma temporada cultural no Centro Cultural Vila Flor (CCVF) realiza-se nos auditórios. Apesar da condicionante por motivos climatéricos, o diretor artístico da Oficina para as artes performativas, Rui Torrinha, defende a continuidade do Manta no início de setembro.

“É um ritual de abertura de temporada. Encontramo-nos todos no regresso à cidade. É um dos momentos mais bonitos para nós. É um momento celebratório. Congrega todos os tipos de público. É impossível prever essa realização. Já esteve colocado no início de setembro, mas fizemos a troca com o Suave Fest”, esclareceu, durante a apresentação do programa da Oficina para o último quadrimestre de 2022.

Quanto ao cartaz, exclusivamente nacional, o responsável frisou que a Oficina não tem “obsessão pela dimensão internacional”, mas sim pelo “nível artístico” dos intérpretes, enaltecendo a reunião entre “a nova geração” – Meta, que atua na sexta-feira – e “artistas irrepreensíveis”, como Rodrigo Leão que fecha o primeiro dia. O sábado reserva Noiserv (21h30) e a dupla Sean Riley & The Legendary Tigerman (22h30).

 

Uma nova Lufada no verão?

O Centro Cultural Vila Flor acolhe o Manta uma semana depois de ter recebido o concerto da Orquestra de Guimarães com António Rosado. Essa performance de música clássica marcou o regresso ao ativo de um espaço sem eventos artísticos por mais de dois meses – Bate Fado, de Jonas & Lander, a 18 de junho.

A propósito do tema, Rui Torrinha esclareceu que o CCVF já encerrou a sua programação pouco depois dos Festivais Gil Vicente, face ao “programa cultural extremamente rico” da cidade e à crescente “ocupação do espaço público” nesse período.

Nos anos de maior incidência da pandemia de covid-19 – 2020 e 2021 -, a Oficina preencheu o mês de julho com o Lufada – ciclo de concertos no espaço exterior do Vila Flor -, algo que não aconteceu neste ano. Rui Torrinha vincou que esse ciclo surgiu também para “apoiar os artistas locais”, mas não rejeita o seu regresso, desde que definido um enquadramento. “O desejo da equipa é que possamos, no futuro, aproveitar os jardins, porque são um sítio belíssimo”, disse.

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