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O primeiro jogo do Moreirense foi uma corrida atrás do prejuízo. Inglória

Tiago Mendes Dias
Desporto \ domingo, julho 23, 2023
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Obrigados a reagir ao golo sofrido aos 21 minutos, cónegos tiveram inúmeras ocasiões e empataram aos 89 minutos, mas perderam com o Farense no desempate por penáltis e estão fora da Taça da Liga.

O voo de Kewin para travar o penálti batido por Cristian Ponde era um bom augúrio para as nove penalidades que seguir-se-iam; afinal o Moreirense encarava o desempate motivado pelo golo de André Luís, a adiar a decisão de mais um encontro da primeira fase da Taça da Liga. Melhor marcador cónego na temporada 2022/23, o brasileiro teve cabeça para, ao minuto 89, fazer o golo do 1-1, talvez curto para o volume ofensivo e para as consequentes ocasiões de golo criadas pela equipa de Rui Borges no tempo regulamentar.

A defesa vistosa do guarda-redes verde e branco não teve sequência, porém. Os homens de Faro afinaram a pontaria, Gonçalo Franco atirou para defesa de Ricardo Velho e Marcelo, na quinta grande penalidade dos anfitriões, rematou por cima. A decisão passou assim para o pé direito de Rafael Barbosa, que não desperdiçou a hipótese de catapultar o Farense para a próxima ronda da Taça da Liga, na qual a UD Oliveirense será o adversário. Vencedor da edição de 2016/17, o Moreirense fica arredado da competição em julho, no jogo inaugural da época.

A abertura da temporada 2023/24 deu-se frente a um conhecido da breve incursão pelo segundo escalão. O novo técnico cónego, Rui Borges, incluiu dois reforços – Dinis Pinto e Maracás – num figurino familiar.

Disposto num 4x2x3x1, com Gonçalo Franco e Ofori a formarem um duplo pivô que protegia Kodisang, Alanzinho, João Camacho e André Luís, o conjunto axadrezado impôs, desde o primeiro minuto, um ritmo elevado para esta fase da época, mas encontrou um adversário capaz de equilibrar essa intensidade, com uma pressão apertada sobre o portador da bola.

O embate foi por isso dividido a meio-campo até João Camacho despertar a atração dos intervenientes pelas balizas, ao minuto 18, num remate por cima. O lance abriu um novo capítulo no encontro, de três minutos, suficientes para o Farense materializar a breve superioridade no golo que o adiantou por mais de 60 minutos. A meia distância algarvia colocou Kewin à prova, num disparo de Elves Baldé aos 19, e esteve na origem do tento inaugural: Mattheus Oliveira rematou de fora da área à trave e a defesa cónega ficou a ver Rui Costa fazer-se à bola para a recarga certeira.

Esse breve capítulo precedeu um terceiro, bem mais longo, de clara supremacia do Moreirense, traduzida em várias ocasiões de golo. Só Kodisang, o ala do corredor direito, protagonizou quatro: um cabeceamento por cima, aos 31 minutos, um remate ao poste, aos 41, e um lance aos 60, no qual se atrapalhou com a receção depois de ficar solto em plena área algarvia. Pelo meio, Gonçalo Silva bloqueou-lhe um remate que se dirigia para a baliza.

Mais fluido pela direita até ao intervalo, o ataque do Moreirense privilegiou a esquerda na segunda parte, com recorrentes cruzamentos para a área, embora intercetados pela defesa algarvia, de elevada estatura. Num jogo que se tornou mais quezilento com o avanço do cronómetro – seis dos oito cartões amarelos foram exibidos a partir do minuto 56 -, Gonçalo Franco e Alanzinho também provaram o amargo sabor da ineficácia, aos 80 minutos. André Luís ainda devolveu a esperança aos verde e brancos de Guimarães. Uma esperança fugaz, afinal.

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